tag:blogger.com,1999:blog-3259452747003173692024-02-07T17:36:49.540+00:00Diálogos em RedeI.deal - diálogos em rede é um projecto dedicado ao diálogo e aos processos e formas de o promover..Unknownnoreply@blogger.comBlogger56125tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-27605873782850991332019-03-12T19:19:00.001+00:002019-03-12T19:19:46.152+00:00DIÁRIO DE UMA MEDIADORA FAMILIAR<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/-ZSEO019OeY" width="480"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-64895513038491659842019-01-30T12:44:00.001+00:002019-01-30T17:43:59.105+00:00DIA DA NÃO VIOLÊNCIA E DA PAZ NAS ESCOLAS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKAxn6kFsvVq0dkD3le3PpcZC1MkHhm77ZikWMNeD97sFopVnK-v-31ZysQDHY4AtKNlZhk15X4a4n2idaJaTYeOdAC_OPVGR-JPmyjNyTOgLqAPOfAdeksTMkIBVJ0WVZDWUo-qvFWcg/s1600/WP_20190130_11_18_24_Pro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="901" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKAxn6kFsvVq0dkD3le3PpcZC1MkHhm77ZikWMNeD97sFopVnK-v-31ZysQDHY4AtKNlZhk15X4a4n2idaJaTYeOdAC_OPVGR-JPmyjNyTOgLqAPOfAdeksTMkIBVJ0WVZDWUo-qvFWcg/s640/WP_20190130_11_18_24_Pro.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="frase fr" id="MTAwMjUzMA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; line-height: 1.3; overflow-wrap: break-word; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative; z-index: 0;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i><b><br /></b></i></span></div>
<h3 style="box-sizing: border-box; color: #333333; line-height: 1.3; overflow-wrap: break-word; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative; z-index: 0;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i><b>"O mais perfeito acto do Homem é a Paz. E por ser tão completo, tão pleno, em si mesmo, é o mais difícil."</b></i></span><span style="font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 1.125rem;"> </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">M. Gandhi</span></h3>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.6em;">
</div>
<span class="autor" style="box-sizing: border-box; color: #333333; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">30 de Janeiro. Neste dia em 1948 era assassinado Gandhi. E este foi o dia escolhido em 1964 pelo poeta, pedagogo e pacifista espanhol Llorenç Vidal, para assinalar o Dia Escolar da Não Violência e da Paz, mais tarde assumido internacionalmente (sendo certo que em alguns países se celebra a 30 de Março). Li isto na internet...</span></span><span class="autor" style="box-sizing: border-box; color: #333333; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Hoje, 30 de Janeiro de 2019, a minha amiga Joana diz-me "Não te esqueças...quero ler o que vais escrever sobre isto!". Ai, Joana, não é assim tão fácil.</span></span><span class="autor" style="box-sizing: border-box; color: #333333; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nestes tempos de turbulência e de incerteza, de linguagem violenta fácil e das narrativas de desesperança, de tensão social, cujos efeitos se fazem sentir nos contextos escolares em redor do globo, de Portugal ao Brasil (onde uma das apostas do Ministério da Educação parece passar por Escolas dirigidas por militares), dos Estados Unidos (com a tolerância zero) ao Japão, mas dos quais não podemos prever a longo prazo a sua real influência, há algo que sim sabemos. Sabemos que o medo e a vulnerabilidade funcionam como suporte de comportamentos que afectam a segurança e o bem estar, não apenas dos indivíduos que sofrem as consequências de actos violentos, mas também dos jovens que os praticam e das comunidades em que vivem. Também sabemos como as Escolas respondem a estes comportamentos e como a simples aplicação de punição dificilmente tem um efeito pedagógico ou promove a sua transformação.</span></span><span class="autor" style="box-sizing: border-box; color: #333333; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">H<span style="background-color: transparent; text-align: justify; text-indent: 13.25pt;">oward
Zher (2007)</span><span style="background-color: transparent; text-align: justify; text-indent: 13.25pt;"> chama
a atenção para algumas razões pelas quais há problemas com os sistemas
punitivos: (1) </span><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;">Existe
o risco de que os infractores venham simplesmente a ficar zangados com aqueles
que os punem. [A punição, traduzida na aplicação de uma sanção ou consequência
negativa, “cria um clima de medo e o medo produz raiva e ressentimento” - nas
palavras de Alfie Kohn (2000)]. (2) </span><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;">A
ameaça da punição leva, muitas vezes, à negação da responsabilidade (invocando
inocência, ou pura e simplesmente mentindo), a arranjar desculpas e
justificações, ou mesmo a minimizar o dano causado (podem aguentar, ninguém se
magoou). (3)</span><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;">O
infractor não é encorajado a empatizar com a vitima, visto que não há um
processo de aproximação. </span><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;">(4)</span><span style="background-color: transparent; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;">A
punição não vai até às causas do comportamento, não se debruça sobre a raiz do
problema.</span></span></span><span class="autor" style="box-sizing: border-box; color: #333333; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;">A</span><span style="text-align: justify; text-indent: 14.4pt;"> punição, por si só, é contraproducente porque não permite criar um clima de
saudável relacionamento na comunidade escolar, produzindo antes um sentimento
de desconexão e afastamento do ambiente escolar. O impacto deste sentimento de
desconexão em algumas crianças e jovens pode levá-las a magoarem-se a si mesmas
ou a magoar outros, a assumirem comportamentos de risco em que se põem a si e ao
grupo em perigo.</span></span></span><br />
<br />
<span class="autor" style="box-sizing: border-box; color: #333333; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;"></span></span></span><span class="autor" style="box-sizing: border-box; color: #333333; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px;"><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As escolas não são simples depósitos ou máquinas de literacia, são também lugares de acolhimento e adaptação, de segurança e protecção. (Ogilvir & Fuller, 2017)</span></span></span><span class="autor" style="box-sizing: border-box; color: #333333; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px;"><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As Escolas são responsáveis pela socialização dos jovens, ajudando-os a desenvolver as competências necessárias para que se tornem membros plenos ("produtivos") da comunidade. As competências habitualmente trabalhadas na cultura ocidental - empreendedorismo, cidadania engajada com democracia, colaboração, tolerância - são contraditórias com os hábitos introduzidos pelas tradicionais estruturas disciplinares escolares, que enfatizam a conformidade e a aquiescência com a autoridade. Por outro lado, as políticas de tolerância zero e outras práticas autoritárias fracturam as relações pessoais e criam um ambiente adversarial. (Matthews, 2008)</span></span></span><span class="autor" style="box-sizing: border-box; color: #333333; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px;"><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As Escolas são instituições educativas, pelo que a sua política e prática devem ser educativas, para as crianças individualmente e para toda a comunidade escolar. Porque as escolas são instituições educativas, a resposta da Escola aos comportamentos das crianças deve ser consistente com os objectivos educativos de um ensino e aprendizagem colaborativa, apoiada, inclusiva e não com a punição, a retribuição e a exclusão. </span></span></span><span class="autor" style="box-sizing: border-box; color: #333333; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px;"><span style="background-color: transparent; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Neste sentido, é necessário pensar restaurativamente, é imperativo ensinar a estabelecer relações pessoais, a par de ensinar a ler, a escrever, a calcular e a pensar. E devemos fazê-lo de forma deliberada, intencional, consciente, de forma a que os nossos jovens (e adultos) possam adquirir competências para reparar e reconstruir relações quando "as coisas correm mal" e a estabelecerem relações seguras.</span></span></span><span class="autor" style="box-sizing: border-box; color: #333333; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: -18pt;">A interdependência é importante nas relações humanas, tanto constrói como destrói relações, gera conflitos da mesma forma como permite que surjam os meios para os resolver, mas essencialmente torna-nos responsáveis por respondermos ao dano </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; text-align: justify; text-indent: -24px;">como comunidade. Esta responsabilidade é a chave: ninguém deveria esperar por alguém para agir; é responsabilidade de todos movermos-nos no sentido de construirmos comunidades de paz, atentas às necessidades e às vulnerabilidades de todos.</span></span><span class="autor" style="box-sizing: border-box; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px; text-align: left;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #333333; text-align: justify; text-indent: -24px;">Precisamos de introduzir nas nossas Escolas formas de intervenção no conflito e de resposta à violência que produzam calma no caos. As intervenções a partir da Mediação de Conflitos e da aplicação de Práticas Restaurativas no contexto escolar permitem não apenas responder às situações que </span><span style="color: #333333; text-align: justify; text-indent: -24px;">como comunidade põem</span><span style="text-align: justify; text-indent: -24px;"><span style="color: #333333;"> em causa a paz social, mas também permitem desenvolver competências que permitem a prevenção da violência.</span></span></span></span><span class="autor" style="box-sizing: border-box; display: block; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; padding-left: 25px; text-align: left;"><span style="text-align: justify; text-indent: -24px;"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Estas intervenções exigem e consomem tempo (tempo que escasseia nas escolas). Mas, mais tempo gasto em prevenção minimizará o tempo excessivamente gasto em intervir no conflito e na violência instalados.</span></span></span><br />
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Open Sans", Helvetica, Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.6em;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-88739563582585530682019-01-21T12:57:00.000+00:002019-01-21T12:57:02.950+00:00DESAFIOS DOS MEDIADORES NO DIA EUROPEU DA MEDIAÇÃO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRIhI0kHP3mbLfdN4JIkWAzy6haq6qq0SfEah37ydAGMCtO67IUPNtoVTyipanE5dQwrUUq3lE3Wh-Xk1-RVFoKXEc7lD73b9ejgcDaX48ezD2domTggH_6Lxfqt0w2WSG8SA_vJ6Dtbs/s1600/21012019.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRIhI0kHP3mbLfdN4JIkWAzy6haq6qq0SfEah37ydAGMCtO67IUPNtoVTyipanE5dQwrUUq3lE3Wh-Xk1-RVFoKXEc7lD73b9ejgcDaX48ezD2domTggH_6Lxfqt0w2WSG8SA_vJ6Dtbs/s640/21012019.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
21.01.2019<br />
<br />
Primeiro desafio<br />
A primeira questão que nos podemos colocar é porque quero ser Mediadora? O que me motiva e me move?<br />
Segundo desafio<br />
Sei o que me move? Mas, para onde? Que tipo de mediadora quero ser? Em que tipo de Mediadora me quero transformar?<br />
Terceiro desafio<br />
Sou consciente de como faço mediação? Sou capaz de me questionar, de me por em causa?<br />
Quarto desafio<br />
Partilho as minhas dúvidas e frustrações, alegrias e descobertas com outros mediadores?<br />
Quinto desafio<br />
Estou disponível para aprender e sou consciente do que quero aprender?<br />
Sexto desafio<br />
Mantenho um registo da minha prática? Esse registo é meramente administrativo ou é também reflexivo?<br />
Sétimo desafio<br />
Partilho dos valores da Mediação integrando-os na minha vida e na minha forma de estar com os outros?<br />
<br />
Sete desafios, um desafio por dia, para reflectir e partilhar.<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-76674809378238398522018-12-21T10:44:00.003+00:002018-12-21T10:44:23.747+00:00MAIS 5 MINUTOS - PARA PARA REFLECTIR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnaoOhO6vUF7MQic17ceNei5cn_x1lbYhedIQBxdWLhh9FJ1ZFHerw9CKZm57ReJ_AucbrNyxefAGKhNPEXYEfwAPz2GrhHTq2cO9M6uJgub9PaL-jn4l2YVYVCwh3gUU1uACc0Blc1W0/s1600/Thinking-About-Your-Thinking_Multiplier-Mindset-Blog.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="1020" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnaoOhO6vUF7MQic17ceNei5cn_x1lbYhedIQBxdWLhh9FJ1ZFHerw9CKZm57ReJ_AucbrNyxefAGKhNPEXYEfwAPz2GrhHTq2cO9M6uJgub9PaL-jn4l2YVYVCwh3gUU1uACc0Blc1W0/s640/Thinking-About-Your-Thinking_Multiplier-Mindset-Blog.png" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<h4>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif;"><b><span style="font-size: large;">Como pode funcionar um Grupo de Prática Reflexiva?</span></b></span></h4>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Aqui fica um exercício que é um desafio para os Mediadores que queiram reflectir sobre a sua prática e um "cheirinho" do que vai ser o nosso trabalho. (inspirada em Lang y Taylor, 2000)</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">"Lembra-te de um momento em que sentiste que tiveste sucesso na tua prática profissional, no qual te sentiste particularmente competente e capaz, em que o teu nível de competências estava muito alto. descreve o momento por escrito. (Atenção</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">, sucesso não tem necessariamente de significar que os mediados resolveram o seu conflito ou chegaram a acordo).<br />Agora, responde às seguintes questões:<br />1. O que aconteceu que possas definir como sucesso?<br />2. Qual foi o teu papel nessa história de sucesso?<br />3. que conhecimentos, competências e/ou habilidades foram necessárias ou úteis para responder à situação?<br />4. Recebeste formação que te permitiu compreender e responder à situação?<br />5. A tua experiência profissional ajudou-te a responder à situação? Como?<br />Atreveste a responder aqui a essas questões e a partilhar no FB com link para este post?<br />Queres participar num grupo de prática reflexiva?</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-43779073270351994472018-12-18T14:53:00.000+00:002018-12-18T14:53:06.901+00:005 MINUTOS PARA REFLECTIR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyIHmLn7Uu8AHkdXlDbdBd2GC74nkOY2lyis5K9VAxFJXjYdY8FonHEaH6wQexo5X1Zps_cV7o0U7wwPbSNEWq_vs2l-M01B64-gv9ky21kao8UFSTHyD5tPQQDK2uQ3l-2T4M_2aVqoE/s1600/image-20150525-32558-q4csn1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="617" data-original-width="926" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyIHmLn7Uu8AHkdXlDbdBd2GC74nkOY2lyis5K9VAxFJXjYdY8FonHEaH6wQexo5X1Zps_cV7o0U7wwPbSNEWq_vs2l-M01B64-gv9ky21kao8UFSTHyD5tPQQDK2uQ3l-2T4M_2aVqoE/s640/image-20150525-32558-q4csn1.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
"A prática reflexiva é um conjunto de habilidades activas, dinâmicas, baseado na acção e ético, colocado em tempo real e lidando com situações reais, complexas e difíceis." (Moon, 1999)<br />
<br />
PROPOSTA DE TRABALHO<br />
<br />
Durante 5 minutos (que não é muito tempo para parar e pensar) reflecte sobre quais os benefícios de te tornares num Mediador Reflexivo, que questiona a sua própria prática. Os benefícios podem ser de carácter teórico, prático ou ambos.<br />
IMPORTANTE: escreve a tua reflexão.<br />
Se queres participar nos Grupos de Prática Reflexiva, prepara-te para partilhares essa reflexão.<br />
<br />
SUGESTÕES para organizares os 5 minutos (seguintes) de reflexão:<br />
1. Faz uma lista com as tuas ideias sobre os benefícios de te tornares um(a) mediador(a) reflexivo(a);<br />
2. reflecte sobre cada uma das tuas ideias e faz uma lista das tuas dúvidas, preocupações ou sobre o que se possa tornar uma desvantagem;<br />
3. Pensa numa situação concreta: "Como sei que o que estou a fazer funciona e faz a diferença em mediação? Como aquilo que eu faço afecta a autonomia e a autodeterminação dos mediados?"<br />
4. "Quais são as evidências que me permitem dizer que aquilo que eu faço funciona em mediação?"<br />
<br />
Se já ultrapassas-te os 5 minutos, não te preocupes, apenas te estás a transformar num(a) Mediador(a) Reflexivo(a).Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-24006239902766976042018-12-06T11:21:00.002+00:002018-12-06T11:22:55.470+00:00OS MÁGICOS EXISTEM; A MAGIA É REAL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTmsSy5Ex2kkcYou0sgdJrWaUT_K_BL1H06NZtcmrMqaFSZwbJhRTJdAXRIC6VBspCxGZnXL4Jo2hTArxIQ3Rjgvi0Fy8NPZA7c2xdCNXCLqeYvPeLj8mgQb7aHm4ioXUyS6EaZWUmjo0/s1600/f9f4805596db584dd08491aa78b3d2df.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="750" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTmsSy5Ex2kkcYou0sgdJrWaUT_K_BL1H06NZtcmrMqaFSZwbJhRTJdAXRIC6VBspCxGZnXL4Jo2hTArxIQ3Rjgvi0Fy8NPZA7c2xdCNXCLqeYvPeLj8mgQb7aHm4ioXUyS6EaZWUmjo0/s640/f9f4805596db584dd08491aa78b3d2df.jpg" width="640" /></a></div>
Gosto de pessoas silenciosas, que ouvem com os olhos, escutam com a pele e oferecem afeto na simplicidade de um sorriso.<br />
Gosto de pessoas, que alguns dizem introvertidas, mas transpiram palavras e são livros abertos nos silêncios.<br />
Gosto de aprender com pessoas que nos ensinam humildade, na forma de estar presentes, numa presença compassiva.<br />
Aprendemos com elas, enquanto vivemos na ilusão de ensinar e somos tocados pela magia de aprender com aquelas que nos oferecem a aventura da esperança na expetativa de ganharem voz.<br />
Ontem senti uma alegria imensa. Uma daquelas alegrias que nos permitem acreditar e balançam as cordas da nossa insegurança. E destroem os muros da nossa presunção.<br />
Haverá experiência mais fantástica, para quem presume que ensina a fazer, do que ver crescer uma Mediadora? Ter o privilégio de ser testemunha e partilhar o momento? E poder sentir, leva um bocadinho de mim, fico com um bocadinho dela.<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-77004353632934318812018-11-19T21:47:00.001+00:002018-11-19T22:03:48.629+00:00GRUPOS DE PRÁTICA REFLEXIVA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0RihafY6LoFOM9CRE4VsG0qprTcZJih1P0Xb-6TxD1CFXOnGUz57AieFL5r-go-EbU2Zprj0pzYgbwwsAEWaKN2QsrFU3qXLWN7U0IRegcsgQAO32bMyJfMs-xgFh9LweNYSMvuWNwb0/s1600/SectionPage-Image-Foundation.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="711" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0RihafY6LoFOM9CRE4VsG0qprTcZJih1P0Xb-6TxD1CFXOnGUz57AieFL5r-go-EbU2Zprj0pzYgbwwsAEWaKN2QsrFU3qXLWN7U0IRegcsgQAO32bMyJfMs-xgFh9LweNYSMvuWNwb0/s640/SectionPage-Image-Foundation.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="border-bottom: solid #438086 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid #438086 .5pt; mso-border-bottom-themecolor: accent2; mso-border-bottom-themecolor: accent2; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 1.0pt 0cm;">
</div>
<h3 style="border-bottom: solid #438086 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid #438086 .5pt; mso-border-bottom-themecolor: accent2; mso-border-bottom-themecolor: accent2; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 1.0pt 0cm;">
Estamos a preparar grupos em Coimbra, Leiria, Porto e Lisboa, de 8 a 10 mediadores, máximo, com experiência e sem experiência, que se comprometam a fazer parte de um grupo de prática reflexiva, com encontros mensais, de 2 horas, organizados por um facilitador. Estes grupos funcionarão de forma estruturada e os seus resultados registados.</h3>
<div>
<span style="color: #444444;"><b>Contacta-me via messenger ou via email - oliveisabel@gmail.com - se estiveres interessada</b></span><br />
<span style="color: blue;"></span><span style="color: #444444;"></span><b></b><br />
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="color: #0b5394; font-family: "calibri"; font-size: large;">Fundamentos</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">Tornar-se um bom Mediador requer mais do que a compreensão
de um dado quadro teórico sobre o processo de mediação. Segundo Hardy (2009),
os mediadores mais eficazes são flexíveis e dispõem de competências e habilidades
para lidar na sua prática com situações de conflito únicas e inesperadas</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">Aprender a ser Mediador não é a mesma coisa que aprender uma
fórmula científica ou uma equação matemática (Susskind, 2000). Parece-se mais
com o desenvolvimento de uma arte de saber fazer. O processo de mediação é um
processo criativo, onde a aprendizagem a partir da prática e na prática +e
essencial.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">Aprender a mediar não se resume à aprendizagem de um
processo estruturado em fases sucessivas, em que são aplicadas determinadas técnicas
de forma mecânica e automatizada.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">Mediar é, em si mesma, uma competência holística (Hardy,
2009): “as várias intervenções do Mediador interagem entre si e retiram o seu
sentido e carácter do processo como um todo em que se encontram inseridas”. Um
processo de mediação, ainda que decomposto em partes (individualizáveis), é
mais do que a soma das suas partes.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">Para que o Mediador possa desenvolver as suas competências e
a sua prática, aprendendo com ela e assumindo a sua própria forma de estar e de
mediar, torna-se necessário que o mediador praticante reflita sobre a sua
prática, sobre as suas experiências.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="color: #0b5394; font-family: "calibri"; font-size: large;">Prática Reflexiva</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">A Prática Reflexiva pode ser definida como um processo
sistemático e consistente, através do qual pensamos e experienciamos na prática
o que estamos a fazer e porquê. Se compreendermos a aprendizagem como um
processo social, a reflexão coletiva é tão importante para os mediadores quanto
a reflexão individual, sobre cada caso em particular.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">A formação de mediadores, em geral, é essencialmente
“prescritiva”, voltada normalmente para um processo estruturado e mecanizado em
fases. Assim, os Mediadores são treinados na sequência do processo e na
aplicação de técnicas, muitas vezes sem enquadramento teórico e contextualizado
das técnicas aprendidas. Desta forma os Mediadores são “treinados” para uma ou
outra forma de fazer, em vez de serem “educados” para uma prática e para a
reflexão sobre esta.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">Estes processos de formação estão “desenhados” para
transmitirem aos mediadores convicções e ideais míticos de uma prática, tais
como a “neutralidade” do mediador que não influencia o “conteúdo” do conflito ou
da mediação, já que apenas domina a forma, o processo. Consequentemente, os
Mediadores “noviços” são “largados” no contexto prático pós-formação para
descobrirem por si, face a situações de conflito mais confusas ou inesperadas,
os seus próprios caminhos (e seus obstáculos).</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">A formação de mediadores assume como garantido que os
formandos aprendem. No entanto, esta presunção apenas revela o “mal-entendido”
sobre os requisitos da aprendizagem, de qualquer aprendizagem, baseados na
capacidade do formando (educando / aprendiz) para a “autoaprendizagem”.
(Almengor, 2018)</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">Os Grupos de Prática Reflexiva pretendem responder a esta
necessidade de encontro de cada um com a sua capacidade de pensar sobre e de
aprender com a sua prática.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="color: #0b5394; font-family: "calibri"; font-size: large;">A Prática em Grupos Reflexivos</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="color: #0b5394; font-family: "calibri"; font-size: large;">Na linha proposta por Michael Lang e Susan Terry (2013)</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">Propõe-se, neste contexto, a criação grupos de Grupo de
Reflexão sobre a prática, orientados para:</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">1.<span style="margin: 0px;"> </span>Um
Processo (cognitivo, emocional, experiencial) para examinar pressupostos (de
diferentes níveis e tipos) que influenciam a conduta / comportamento e /ou as
experiências do Mediador;</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">2.<span style="margin: 0px;"> </span>Que
permite estabelecer ligações entre estes pressupostos e as suas diferentes e
variadas origens (pessoais, emocionais, culturais, históricas e políticas);</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">3.<span style="margin: 0px;"> </span>Com vista
à sua revisão e reavaliação, pelo próprio Mediador, de acordo com critérios
relevantes (contexto, propósito, valores, etc)</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">4.<span style="margin: 0px;"> </span>Permitindo
a reformulação ou transformação da prática daquele Mediador, dos conceitos
subjacentes e das técnicas aplicadas, com base na sua reavaliação.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="color: #0b5394; font-family: "calibri"; font-size: large;">Objetivos dos Grupos Reflexivos</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">1.<span style="margin: 0px;"> </span>Os
Mediadores (participantes) terão a oportunidade de aprender com as suas
próprias experiências, expandindo o seu pensamento e autoconsciência.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 10.66px;">
<span style="font-family: "calibri";">2.<span style="margin: 0px;"> </span>Fornecer
aos Mediadores o necessário apoio para ganhar discernimento/compreensão sobre
as suas ações e decisões que, num determinado momento, lhe geraram confusão
e/ou frustração e, assim, poderem aprender por si novas formas de lidar com
situações semelhantes.</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><span style="font-family: "calibri";"></span></div>
<h1 style="border-bottom: solid #438086 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid #438086 .5pt; mso-border-bottom-themecolor: accent2; mso-border-bottom-themecolor: accent2; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 1.0pt 0cm;">
<i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><span style="font-size: x-small;"></span><span style="font-family: "calibri";"></span><span style="font-size: small;"></span><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></h1>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><br />
<h3 style="margin: 0px;">
<span style="color: #0b0113; font-family: "trebuchet ms"; font-size: small;"></span></h3>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><span style="font-size: x-small;"></span><span style="font-family: "georgia";"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-25839099330304626602018-10-29T19:20:00.001+00:002018-10-29T19:20:21.449+00:00 A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO ESCOLAR - MAIS DO QUE UM PROCESSO, UMA APRENDIZAGEM PARA A VIDAComunicação proferida em<br />
<span style="background-color: white; color: #0090da; font-family: "trebuchet ms" , "bitstream vera serif" , "utopia" , "times new roman" , "times" , serif; font-size: 18px;">Encontro “Um Mundo Melhor para a Criança : uma Responsabilidade de Todos – 27 de Outubro em Coimbra"</span><br />
<span style="background-color: white; color: #0090da; font-family: "trebuchet ms" , "bitstream vera serif" , "utopia" , "times new roman" , "times" , serif; font-size: 18px;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLEJlkhICUGLMxmUYcNuvmkuLgQZk-EC78RubckL_VnSsZmRE0bstpppXDuwpYRndA5ZhTJgqj-C06t7TvgR599CBRatZTG0EkeajYB6wlpoViM36RwFEjSGtv9b8buD_UhrP_55H9hGY/s1600/Young-Writers.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="212" data-original-width="300" height="451" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLEJlkhICUGLMxmUYcNuvmkuLgQZk-EC78RubckL_VnSsZmRE0bstpppXDuwpYRndA5ZhTJgqj-C06t7TvgR599CBRatZTG0EkeajYB6wlpoViM36RwFEjSGtv9b8buD_UhrP_55H9hGY/s640/Young-Writers.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">"</span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"><i>A educação é o ponto em que
decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por
ele</i></span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">“ — Hannah Arendt</span><br />
<br />
<div class="Standard" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 200%;">Há
um provérbio chinês que traduz muito bem o significado de uma aprendizagem para
toda a vida:<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 200%;">“<i>Se queres colher em um ano, deves plantar
cereais. Se queres colher em uma década, deves plantar árvores. Mas, se queres
colher a vida inteira, deves educar e capacitar o ser humano</i>”.<span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftn1" title="">[1]</a></span></span><a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftn1" title=""><!--[endif]--></a></span><span style="font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 200%;"><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftn1" title=""><br /></a></span></span></span></span>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Os
conflitos em contexto escolar merecem ser olhados de uma forma educada e
educadora, com vista não apenas à sua gestão e resolução, mas também à sua
utilização como meio de aprendizagem de competências, de resolução de problemas
e do exercício de uma cidadania reflexiva e responsável. Para tal a proposta
passa pela aprendizagem para a transformação dos conflitos, no sentido Lederach<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
lhe atribui. Quando as comunidades, e neste caso concreto, a comunidade
escolar, se comprometem em encontrar formas construtivas de lidar com os
conflitos e a violência, não mantêm apenas o interesse na manutenção de um bem-estar
social, mas também na transformação de vidas para melhor. A educação, olhada
desta perspetiva, não é apenas um projeto de escola, é um projeto de vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Não
conhecemos melhor espaço que o educativo para mudar a forma como a sociedade
humana responde ao conflito. Como praticantes do diálogo, e enquanto
mediadores, o nosso desejo de mudança consiste em sermos capazes de nos
distanciarmos de padrões destrutivos e violentos através do desenvolvimento de
capacidades e competências, criativas, responsivas, construtivas, colaborativas
e não violentas. Enquanto instrumento desta
necessidade, a Educação para a Resolução de Conflitos (ERC) <i>“modela e
ensina, de formas culturalmente significativas, uma variedade de processos,
práticas e competências que ajudam a lidar com os conflitos individuais,
interpessoais e institucionais e criam comunidades acolhedoras e seguras” </i>(Association
for Conflict Resolution, 2002, p.1). <o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<br /></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Mas
porque será tão difícil desenvolver e implementar métodos cooperativos de
transformação de conflitos, em vez dos tradicionais métodos punitivos, quando por
exemplo sabemos pela ciência e voz de António Damásio que “<i>As estratégias cooperativas fazem parte da composição biológica
homeostática dos seres humanos, o que significa que o embrião da resolução dos
conflitos está presente nos grupos humanos, a par da tendência para os
conflitos</i>.” Sabemos que “<i>o equilíbrio
entre a cooperação salutar e a competição destrutiva depende, em grande medida,
da contenção civilizacional e da governação justa e democrática, capaz de
representar aqueles que estão a ser governados</i>.” Governação justa e
democrática nas escolas, defendida pelo movimento da Escola Moderna, mas cuja
aplicação nas nossas escolas revela sérias dificuldades. O desenvolvimento deste
equilíbrio e da capacidade de cooperação, tão importante para sanar os
conflitos destrutivos, dependem em grande parte “<i>do bom senso e da sagacidade que advém da educação, do progresso
científico e técnico e dos bons efeitos das</i> <i>tradições humanistas, tanto religiosas como laicas</i>”. A educação
para os valores, para o desenvolvimento de “carácter” e para a compreensão das
relações humanas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">“<i>Um projeto educativo a longo prazo que tenha
como objetivo criar ambientes saudáveis e socialmente produtivos terá de destacar
comportamentos éticos, cívicos e de encorajar as virtudes morais clássicas –
honestidade, bondade, empatia, compaixão, gratidão, modéstia. Deverá ainda
abordar valores humanos que transcendam as necessidades imediatas da vida</i>”.
(Damásio, 2017)<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="Pa2" style="line-height: 150%; text-indent: 14pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A mediação, apresenta-se como um meio construtivo de gestão e resolução
de conflitos em contexto escolar, voltada para a gestão de conflitos
interpessoais. Oferece, pelo que proporciona aos envolvidos no conflito, um
espaço ideal para desenvolver, quer naqueles que desempenham o papel de
mediadores, quer naqueles que como mediados trabalham em conjunto para a
resolução do seu problema, a capacidade de respeito mútuo, comunicação
assertiva e eficaz, compreensão da visão do outro e aceitação da diferente
perceção da realidade. Tratando-se de um processo baseado no consenso, na
voluntariedade e autonomia dos envolvidos no conflito, é propício ao
desenvolvimento de soluções criativas, incidindo nas questões relacionais e na
sua preservação e cuidado. É um processo voltado para o desenvolvimento da
cooperação (para resolver um problema comum) e para os valores como o respeito,
pela identidade pela diferença, e o reconhecimento do outro enquanto pessoa e
ser total. <o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O papel do Mediador, enquanto terceiro sem poder para impor uma
solução, confere ao processo um carácter pedagógico, dado que as partes mantêm
a sua capacidade de atuação e aprendizagem, a sua autonomia na gestão e
transformação do conflito, e a responsabilidade sobre a decisão de chegar ou
não a um acordo. Daí que se trate de um processo ativo, não só para o mediador,
mas igualmente para os protagonistas do conflito. (Morgado & Oliveira)<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-size: 10pt;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
</span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A
participação quer como mediador, quer como mediado, implica o desenvolvimento
de competências / <i>soft skill</i>s, ao
nível da comunicação, da gestão emocional e da resolução de problemas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Mas
não se trata apenas de desenvolver competências. Para a grande maioria,
principalmente para os professores, a aplicação de processos de gestão e resolução
de conflitos como a Mediação implica uma mudança de paradigma. Deixar de pensar
que para que a escola seja segura os professores têm de exercer o poder sobre
os alunos, para um novo pensamento em que a peça central é a da colaboração com
os alunos. Partilhar de um novo paradigma que acredita que o trabalho em
conjunto na resolução de problemas pode criar comunidades escolares mais
seguras e justas, centradas na premissa de que os seres humanos são seres
relacionais e prosperam em contextos onde se dá predominância ao envolvimento
social sobre o controlo social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<br /></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Uma
das aplicações da Mediação de conflitos em contexto escolar que melhor oferece
uma perspetiva preventiva e pedagógica é a Mediação entre pares, que permite a
formação e o envolvimento de alunos mediadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Quando
bem estruturados e aplicados, estes programas de mediação entre pares podem
melhorar o clima escolar, introduzindo uma cultura de cuidado e de cooperação
que se estende dos recreios e dos corredores para a sala de aula. Para além
disso, estes programas/projetos podem libertar os professores para que prestem
maior atenção a problemas mais sérios, enquanto os jovens mediadores ajudam os
seus pares com problemas sociais e relacionais e conflitos mais simples. Com
uma ressalva ou chamada de atenção: a introdução de mediação entre pares no
contexto escolar não deve significar, nunca, a transmissão do dever de cuidado
do adulto para as crianças ou jovens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Um
dos efeitos mais notórios nos jovens que aprendem a ser mediadores é a melhoria
do seu bem-estar, proporcionado pela possibilidade de serem chamados a ajudar
os outros. Os jovens que têm esta oportunidade desenvolvem um sentimento de
pertença à sua comunidade escolar e obtêm melhores resultados escolares. O
desenvolvimento da capacidade de ajudar os outros em momentos de stress,
desconforto ou sofrimento melhora a capacidade de resiliência (Emmy Werner,
conceito de “<i>Required Helpfulness</i>”,1984)
e promove mudanças positivas na gestão emocional. <o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">À
proposta de mediação entre pares, juntamos a introdução de metodologias de diálogo
em círculo e práticas restaurativas que assumam uma abordagem global da
problemática do conflito em toda a escola. A participação, envolvimento e
formação de todos os atores no contexto escolar é essencial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Apesar
de não existir uma definição universal para a abordagem restaurativa no
contexto escolar, há um consenso académico quanto às suas origens na tradição
de povos indígenas (americanos e do pacífico) e quanto à sua essência baseada
na conexão interpessoal e nas relações com o objetivo de promover o bem-estar
entre todos os membros da comunidade. As escolas que adotam uma estrutura de
justiça restaurativa têm uma consciência mais clara dos seus fundamentos sociais
e emocionais, especialmente que os seres humanos são relacionais e que a
justiça deve ser amplamente entendida como um valor inerente a todos e posta em
prática através do relacionamento. <a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-size: 10pt;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Se
quisermos pensar numa escola inclusiva, tolerante com as diferenças,
responsável pela resolução dos seus problemas, promotora de uma cidadania
ativa, é urgente introduzir no seu seio metodologias para a gestão e resolução de conflitos que humanizem
as pessoas e as cuidem, sem deixar de promover a defesa dos valores da
comunidade e da reparação efetiva dos danos sofridos, sejam eles danos
patrimoniais ou danos causados nas relações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Segundo
Thorsborne & Blood (2013).<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
Trabalhar com procedimentos colaborativos e restaurativos é uma forma de <i>estar
e ser</i>, que é igualmente exigente no cumprimento das normas de comportamento
(estabelecimento de limites e de pressão para o seu cumprimento) e justos no
que se refere a apoiar (cuidar) crianças e jovens em desenvolver comportamentos
e competências socias que promovam relações interpessoais positivas e
cooperativas e garantam uma convivência segura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">As
práticas restaurativas põem em causa o paradigma retributivo/punitivo que é a
essência do controlo dos comportamentos, dos meramente disruptivos aos violentos,
das crianças e jovens em contexto escolar. Introduzindo metodologias
participativas que implicam, “mais do que fazer algo ao aluno, fazer algo com
ele” (Wachtel).<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 13.25pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Os
sistemas punitivos levantam alguns problemas sobre os quais vale a pena refletir.
Howard Zher (2007)<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> chama a atenção
para o seguinte:<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm 2.9pt 36pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: OpenSymbol; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: OpenSymbol; mso-fareast-font-family: OpenSymbol;">•<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Existe o risco de que os infratores venham
simplesmente a ficar zangados com aqueles que os punem. [A punição, traduzida
na aplicação de uma sanção ou consequência negativa, “cria um clima de medo e o
medo produz raiva e ressentimento” - nas palavras de Alfie Kohn (2000)<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
].<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm 2.9pt 36pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: OpenSymbol; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: OpenSymbol; mso-fareast-font-family: OpenSymbol;">•<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A ameaça da punição leva, muitas vezes, à
negação da responsabilidade (invocando inocência, ou pura e simplesmente
mentindo), a arranjar desculpas e justificações, ou mesmo a minimizar o dano
causado (podem aguentar, ninguém se magoou).<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm 2.9pt 36pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: OpenSymbol; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: OpenSymbol; mso-fareast-font-family: OpenSymbol;">•<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">O infrator não é encorajado a empatizar com a vítima,
visto que não há um processo de aproximação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm 2.9pt 36pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: OpenSymbol; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: OpenSymbol; mso-fareast-font-family: OpenSymbol;">•<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A punição não vai até às causas do
comportamento, não se debruça sobre a raiz do problema.<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm;">
<br /></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Poderíamos
enumerar vários estudos que demonstram que a punição, por si só, é
contraproducente porque não permite criar um clima de saudável relacionamento
na comunidade escolar, produzindo antes um sentimento de desconexão e
afastamento do ambiente escolar (um dos mais importantes é o estudo da APA
sobre os efeitos da política de “tolerância zero” nas escolas americanas, que
verifica o aumento de situações de violência e de insucesso escolar nessas
escolas). O impacto deste sentimento de desconexão em algumas crianças e jovens
pode levá-las a magoar-se a si mesmas ou a magoar outros, a assumir
comportamentos de risco em que se colocam a si próprias e ao grupo em perigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Isto
poderá ser mais comum em crianças que já vivem nas suas vidas múltiplas
situações de <i>stress</i> ou trauma, sendo que a punição contribui para
aumentar este <i>stress</i>, o que é bem evidente naquelas crianças que
facilmente explodem e manifestam emoções de raiva e fúria quando de algum modo
são desafiadas em função do seu comportamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Se o objetivo
da punição é a mudança de comportamento, não parece que esta o consiga, aliás
em algumas situações, como evidencias H. Zher, torna-o mais rígido e fixo.
Talvez porque o objetivo da punição e dos sistemas retributivos é o de repor a
norma violada, sanciona-se a pessoa que violou a norma que garante o
funcionamento do grupo, da comunidade. Os sistemas restaurativos focam-se na
reparação do dano causado à pessoa, na responsabilidade pelo comportamento e
pelas consequências que este provocou no outro, incidindo sobre a reparação das
relações pessoais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">As
práticas restaurativas partem de pressupostos que nos levam a fazer perguntas
diferentes sobre o conflito. <o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">- Crimes
e delitos são violações das relações interpessoais (não apenas violações de
leis/normas/regras que não foram cumprida): então, quem foi magoado? De que
forma?<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">- A responsabilidade
(mais do que a culpa) deve ser reconhecida: quais foram as consequências, quem
foi afetado? Como pode o dano ser reparado?<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">- A
punição não repara o dano (nomeadamente, ignora o dano na relação interpessoal,
de uma forma demasiado evidente no contexto escolar).; como deve este ser
reparado?<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm;">
<br /></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Por
outro lado, os sistemas baseados no paradigma punitivo tendem a isolar o
ofensor/infrator de qualquer ligação ou contacto com aquele ou aqueles a quem
causou dano, não proporcionando um espaço ou contexto de resolução de problemas
entre eles. Os procedimentos atuais centram-se, assim, na necessidade de manter
separados os jovens em conflito depois de um deles ter magoado o outro,
assumindo os adultos o dever e a responsabilidade de tomarem todas as decisões
sobre como o problema deve ser resolvido<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Num
contexto em que se desenvolve uma mentalidade restaurativa ou de mediação
pensamos que a melhor maneira de lidar com um problema ou incidente é, num
primeiropasso, por a conversar (se possível, salvaguardando os casos em que se
coloquem preocupações de segurança) os nele envolvidos, bem como todos os que
foram afetados, para falarem sobre o que aconteceu. O passo seguinte consiste
em ajudá-los a assumir a responsabilidade pelas suas ações, comportamento e
atitudes, em suma, pelas suas más decisões, e a decidir sobre a forma como os
danos causados devem ser reparados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">. O
esforço envolvido em manter os jovens separados e em aplicar as soluções, ou
punições, é muitas vezes uma verdadeira perda de tempo e raramente resulta em
mudança de comportamentos. As comunidades escolares precisam de se questionar
se a forma atual de resolver conflitos reforça as relações entre as pessoas que
constituem a comunidade escolar ou se, inversamente, estas abordagens provocam
a erosão dessas relações. Ou seja, as pessoas sentem-se melhor ou pior depois
da intervenção da escola?<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Um
Diretor Escolar dizia o seguinte: “Podemos ensinar as crianças a atravessar a estrada,
mas não podemos parar o tráfego”. Podemos ensinar às nossas crianças todas as
competências e habilidades para atravessarem e percorrerem os muitos caminhos que
irão cruzar nas suas vidas, sendo conscientes de que provavelmente o tráfego
não vai parar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A
maior dádiva que podemos dar às próximas gerações é a inteligência emocional, a
capacidade de autonomia e responsabilização inerente à capacidade de tomar
decisões, desenvolvendo neles os valores, as competências e as atitudes
necessárias à sua aplicação, de modo a que possam lidar com os conflitos e com os
seus comportamentos de forma mais eficiente do que as gerações que os
antecedem. Este será um salto civilizacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 13.85pt;">
<br /></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><b>À luz
dos recentes ataques, em vários pontos do globo, pelos extremismos e pela
radicalização dos discursos, é nossa responsabilidade de juntos valorizarmos e
protegermos os valores e os vínculos que nos conectam enquanto comunidade e
desafiar as práticas que empurram as pessoas para as periferias das nossas
comunidades. As Escolas parecem ser o lugar óbvio para começar.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><b>Zygmunt
Bauman afirma, no seu livro “Sobre a Educação e a Juventude” que “… há muitos
motivos para preocupação, mas não para desespero (…). Não nos esqueçamos que
toda a maioria começou como uma pequenina, invisível e impercetível minoria. E
que mesmo os carvalhos centenários se desenvolveram a partir de bolotas
ridiculamente minúsculas.”</b><o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 200%;">
</span><br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Mangal; mso-bidi-language: HI; mso-fareast-font-family: SimSun; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-font-kerning: 1.5pt;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> Lederach, J. P. (…)
The Little Book of Conflict Transformation.</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Mangal; mso-bidi-font-size: 9.0pt; mso-bidi-language: HI; mso-fareast-font-family: SimSun; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-font-kerning: 1.5pt;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<span style="font-size: 8.0pt;">Damásio, A. (2017) A Estranha Ordem das Coisas.
Temas & Debates.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Mangal; mso-bidi-language: HI; mso-fareast-font-family: SimSun; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-font-kerning: 1.5pt;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> Morgado, C. & Oliveira, I. (2009). Mediação em
contexto escolar: transformar o conflito em oportunidade. Exedra Revista
Científica</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div style="margin-left: 24.0pt; text-indent: -24.0pt;">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US" style="font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">González, T., Sattler, H., & Buth, A. J. (2018).
New directions in whole-school restorative justice implementation. </span><i><span style="font-size: 8.0pt;">Conflict Resolution Quarterly</span></i><span style="font-size: 8.0pt;">, (May), 1–14. http://doi.org/10.1002/crq.21236</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="Footnote">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Mangal; mso-bidi-language: HI; mso-fareast-font-family: SimSun; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-font-kerning: 1.5pt;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><span style="font-size: 8.0pt;">Ver, infra, a “janela da disciplina social” de Ted
Wachtel.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="Footnote">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Mangal; mso-bidi-language: HI; mso-fareast-font-family: SimSun; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-font-kerning: 1.5pt;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">In Thorsborne &
Blood (2013), <i>op. Cit.</i> Pág. 24<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="Footnote">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Mangal; mso-bidi-language: HI; mso-fareast-font-family: SimSun; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-font-kerning: 1.5pt;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US">I</span><span lang="EN-US" style="font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">n Thorsborne & Blood
(2013), <i>op. Cit.</i> Pág. 24</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="Footnote">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Mangal; mso-bidi-language: HI; mso-fareast-font-family: SimSun; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-font-kerning: 1.5pt;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><span style="font-size: 8.0pt;">Sobre esta questão, propomos a leitura da obra de Alfie
Kohn (2006) Beyond Discipline: From Compliance to Community. </span><span lang="EN-US" style="font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">ASCD, Alessandria.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
</div>
<div class="Standard" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 13.85pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 200%;"><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><br /></span></span></span></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/A%20import%C3%A2ncia%20da%20Media%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
In, Bauman, Zygmunt (…) Sobre Educação e Juventude<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
<span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-44443804396107599762018-10-19T00:12:00.001+01:002018-10-19T07:41:55.967+01:00CONTRIBUTOS DA MEDIAÇÃO DE CONFLITOS PARA A SOCIEDADE - A AUTODETERMINAÇÃO COMO ESSÊNCIA DA MEDIAÇÃO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvBqXu_3M9dqW36mPP4-hWIgTYPq7fXWVWm5HBSatfcqxtQKjl95p2FEk7XiREONQcdjDL8r2hEyhoZG2RqtUP3cnbOa7cl442CN2KshddIUmgSJLqLi4KlVdiLaYMSK6APPA6c4JU01M/s1600/transferir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="182" data-original-width="277" height="419" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvBqXu_3M9dqW36mPP4-hWIgTYPq7fXWVWm5HBSatfcqxtQKjl95p2FEk7XiREONQcdjDL8r2hEyhoZG2RqtUP3cnbOa7cl442CN2KshddIUmgSJLqLi4KlVdiLaYMSK6APPA6c4JU01M/s640/transferir.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-size: x-small;">(Imagem : "Diálogos Imaginados"- Rafael Bordalo Pinheiro)</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: -1.0cm; margin-right: -28.4pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: -1.0cm; margin-right: -28.4pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 150%;">Co</span></b><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Contributos da Mediação de
Conflitos para a Sociedade<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">I Congresso da FMC – Lisboa 18
de Outubro de 2018<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Como
escreve Sara Cobb (2016)<a href="file:///C:/Users/Isa/Desktop/Contributos%20da%20media%C3%A7%C3%A3o%20para%20a%20comunidade%20e%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20paz%20social.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> “As histórias são
importantes. Elas têm solenidade, dignidade: são sérias. Elas têm peso. Elas
são concretas. Elas materializam as políticas e as instituições, as relações e
as identidades; ao nível local e mundial, em qualquer lado e em todo o lado.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A mediação
é um espaço discursivo onde as histórias são importantes, onde os relatos são
materializados, num contexto que se pretende seguro, que gera confiança e lhes
permite ser testemunhados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">“O
conflito é uma história à espera de ser contada” e, essencialmente, escutada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">O
maior contributo da mediação para a comunidade, seja esta uma comunidade de um
ou de muitos, é um valor que traduz uma ideologia, ao mesmo tempo que constitui
a sua essência: a Autodeterminação. A autodeterminação das pessoas envolvidas no
conflito, que as aceita como peritas da sua situação e circunstâncias, porque
detêm o conhecimento sobre o problema e a sua dimensão e sobre as opções para
construir a solução. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">O
mediador não se apropria do problema, nem impõe o seu conhecimento ou substitui
o conhecimento dos mediados pelo seu. O mediador acredita que estes têm as
capacidades e estão aptos para resolverem os seus problemas, colocando à sua
disposição as suas competências, como instrumentos para que os seus clientes
usem na construção de uma melhor história.<a href="file:///C:/Users/Isa/Desktop/Contributos%20da%20media%C3%A7%C3%A3o%20para%20a%20comunidade%20e%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20paz%20social.docx#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Neste
sentido, o mediador não tem como dever um determinado resultado, normalmente
consubstanciado num acordo. Este dependerá sempre da vontade das partes e
reside na sua liberdade e autonomia. Esta essência da mediação devolve a
responsabilidade sobre o conflito aos que o respiram, vivem e relatam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Como
refere Cobb, S. <a href="file:///C:/Users/Isa/Desktop/Contributos%20da%20media%C3%A7%C3%A3o%20para%20a%20comunidade%20e%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20paz%20social.docx#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><sup><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></sup>A “Mediação desenvolveu-se (tal como
outros campos) de uma forma bastante assimétrica, com a prática a ir mais além
da capacidade da teoria para a explicar”. De uma forma bem elucidativa, Cobb
fala de uma teoria Newtoniana sobre mediação e uma prática Einsteiniana dos
mediadores. O discurso newtoniano assenta na construção de Leis, consolidando
uma linguagem sobre o que define a mediação para que a reconheçam na sua
identidade desejada de aproximação ao sistema judicial. Contudo, os mediadores
jogam num universo einsteiniano, onde o espaço social e material é relativo aos
participantes no conflito, e onde tempo é circular. Os mediadores remodelam
este espaço (relacional), e promovem alterações do tempo (narrativo), onde o
passado e o futuro são geridos pela comunicação no presente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Certamente
há um jogo de forças que se estabelece no crescimento de uma praxis nova que
provém de um paradigma diferente do que está maioritariamente instalado. E
recordamos a batalha de paradigmas referida por Edgar Morin<a href="file:///C:/Users/Isa/Desktop/Contributos%20da%20media%C3%A7%C3%A3o%20para%20a%20comunidade%20e%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20paz%20social.docx#_ftn4" name="_ftnref4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[4]</span></b></span><!--[endif]--></span></i></span></a>.
Será necessário que algum dos paradigmas morra para dar lugar a outro? Ou será
importante que se inicie o diálogo reflexivo e permanente para que se crie um
novo paradigma? Nos modernos tempos líquidos, como dizia o Zygmunt Bauman<a href="file:///C:/Users/Isa/Desktop/Contributos%20da%20media%C3%A7%C3%A3o%20para%20a%20comunidade%20e%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20paz%20social.docx#_ftn5" name="_ftnref5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[5]</span></b></span><!--[endif]--></span></i></span></a>,
não há um estado de permanência e as relações humanas são contingentes e
facilmente mutáveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Como
bem afirma Nuno Ramos, a mediação é provavelmente o instrumento de resolução de
conflitos que melhor reflete e se ajusta às necessidades e contingências das
pessoas. Porque na sua fundação está o diálogo e a necessidade de comunicação.
E se a diversidade de formações base que constitui o corpo de profissionais e
académicos da mediação (Psicologia, Direito, Sociologia, Educação, Serviço
social, etc.) é uma das suas maiores riquezas, certamente não poderemos assumir
que o seu crescimento derive do trabalho multidisciplinar onde cada disciplina
trabalhe individualmente com base nas suas diversas assunções epistemológicas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A
necessidade de crescimento e consolidação da mediação deriva essencialmente do
trabalho interdisciplinar. É a interdisciplinaridade que promove o diálogo
entre disciplinas na procura da formação de um pensamento que funcione como um
todo, integrado, derivado do diálogo e síntese dos diversos conhecimentos. E
para atingir esse objetivo é necessário um mínimo de competência intercultural
dos diversos actores e partes interessadas, sejam estes profissionais no
terreno, investigadores, promotores de pensamento, legisladores, gestores de
sistemas de mediação, entre outros. Para que o diálogo flua construtivamente,
apesar dos diversos pontos de partida e valores (que por vezes são opostos), é
fundamental a existência de um compromisso mútuo de abertura e respeito,
consciente das diferenças, de partilha generosa de conhecimentos e uma forte
mobilização de competências para a cooperação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A
Mediação em Portugal vive a premência de sair de uma infância protegida,
determinista e determinada pelo Estado, e abraçar o seu futuro. Um futuro
partilhado, participado e construído com responsabilidade por todos os
mediadores. E esta responsabilidade da construção do futuro, começa a cada dia,
a cada experiência, na expressão ética da sua prática.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A
história mostra que a institucionalização da Mediação, através dos Sistemas
Públicos de Mediação, (geridos atualmente pela Direção Geral da Política de
Justiça – Ministério da Justiça), teve um papel fundamental no nascimento do
campo profissional. Por um lado, promoveu a sua implementação no terreno, dando
a conhecer a mediação à população, legitimando-a como uma solução alternativa
em certos litígios, quer pelo investimento num enquadramento legal regulador,
quer pela criação de estruturas de apoio e provedoras de serviços. Compete às
instituições providenciar a oportunidade de experimentar a mediação, melhorando
toda a acessibilidade de um processo que é novo, e ainda pouco conhecido da
população em geral. Esta é uma das funções das organizações: o apoio à
estruturação de serviços para a comunidade, para o utente, que denote uma
organização que transmita a perceção de coerência de procedimentos, focada na
qualidade de serviço.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Porém,
a institucionalização importou (e importa) também alguns perigos para a
Mediação. Nos seus esforços de divulgação e regulação, diminuiu o seu espaço de
potencial ação, limitando-a a uma ética judicial ou jurisdicional. A Mediação
em Portugal não se reduz aos Sistemas Públicos de Mediação. Há todo um mundo em
ação à volta da Mediação nos contextos Familiar, Civil e Comercial, Laboral,
mas principalmente nos contextos Escolar, Comunitário e Multipartes, que não é
enquadrado pela regulação dos Sistemas Públicos e cuja lógica prática
ultrapassa a previsão legal, decorrente do afastamento entre a teoria e a
prática. É nos contextos de futuro e inovação da mediação que se verifica a
necessidade de uma teoria que pense sobre si própria e encontramos uma prática à
procura de “um observador”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Sara Cobb, num excelente ensaio <i>(Creating
Sacred Space, Toward a Second-generation Dispute Resolution Practice</i>)
publicado pela primeira vez no <i>Fordham Urban Law Journal</i> (28 Fordham
Urb. L.J., 2001, 1017), começa assim: “<i>There have been times, during the
course of a mediation, when I have the impression that something happens in the
room, something more important that the agreement that is emerging, that the
conflict is itself just a vehicle for the creation of something sacred, something
whole, something holy. This experience of mine often coincides with confessions
on the part of the disputants and a quality of sharing that exceeds the
technical boundaries of problem-solving processes; apologies are offered,
personal stories exchanged, even pictures of children, grandchildren, and
vacation homes appear</i>.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Alguns de
nós, mediadores, tivemos já o privilégio de sentir isto. Quando se cria um
espaço de diálogo onde é possível proporcionar alívio, oferecer esperança,
obter respeito e reconhecimento, ficamos com esta sensação de que alguma coisa
acontece que ultrapassa a procura do acordo, mas que surge no decurso do seu
processo de construção. O diálogo que implica a escuta, que não se cinge aos argumentos,
mas que trabalha os significados, permite criar algo mais que um acordo, um
verdadeiro compromisso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Perante uma
lógica mais legalista, silogística, baseada nos argumentos e nos direitos, como
explicar então que os compromissos são emocionais, os obstáculos (ir)racionais
e as partes protagonistas e especialistas do seu próprio conflito?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">As
estruturas (e em parte alguns mediadores) criaram uma narrativa à volta da
Mediação que não expressa a totalidade do que ela pode ser. A sua promoção como
um processo rápido, barato e eficaz, parece reduzir a sua complexidade técnica,
a necessidade de preparação e treino dos mediadores, a importância da gestão do
tempo em situações de conflito, a uma espécie de “fast-food” da Justiça. É
imperativo que os mediadores participem na discussão e consequente construção
de uma narrativa diferente sobre a mediação. A mediação é muito mais aproximada
do conceito de “slow-cooking”. De facto, os dados estatísticos mostram que os
processos de mediação são mais céleres que as tradicionais vias judiciais.
Contudo, esse resultado deve-se ao maior investimento de tempo e atenção por
parte dos mediadores na escuta ativa das partes em conflito. Como refere a
música, “se o tempo é dinheiro”, os mediadores gastam-no com as partes. Neste
trabalho de artesanato (quase como fazer renda de bilros) onde as soluções são
elaboradas colaborativamente, às partes também lhes é requerido mais tempo e
dedicação. É observando os resultados de um processo de resolução de conflitos
que se percebe a sua diferenciação. Haverá sempre quem prefira um prato padrão
que sacie a fome no imediato. E muitos saberão apreciar o valor de uma confeção
feita por medida às necessidades dos clientes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A
construção cultural de uma nova forma de resolver conflitos é o desafio da
mediação. Nuno Ramos colocou isto numa bela metáfora: “Muitas vezes observar
estes estes aspetos culturais é como observar o arco-íris. Num determinado
ponto, numa determinada perspetiva, com determinadas condições de visibilidade,
é possível apreender um espectro de cores. Que é mais ou menos definido. Que
tem mais ou menos comprimento de onda e que permite que certas cores sejam mais
ou menos intensas. Nem sempre vemos o arco completo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Às vezes é uma imagem redonda de várias cores
suspensa sobre céu, sem princípio ou fim. Certo é que o arco íris é um fenómeno
dependente condições de observação e da posição do observador.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Se o mundo material é subjetivo, como Feldman
disse, moldado da forma como o compreendemos, e o mundo subjetivo se
materializa nas nossas instituições e na nossa relação com o meio ambiente,
então os conflitos no mundo e a sua resolução dependem de como nos
compreendemos a nós mesmos.”<a href="file:///C:/Users/Isa/Desktop/Contributos%20da%20media%C3%A7%C3%A3o%20para%20a%20comunidade%20e%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20paz%20social.docx#_ftn6" name="_ftnref6" style="mso-footnote-id: ftn6;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. Porventura, falta à
Mediação em Portugal refletir sobre si própria, como se vê e se compreende, nos
contextos público e privado. Falta construir uma reflexão crítica sobre o
presente, para se poder pensar (sonhar) o futuro. Falta dar espaço à inquietude
atual para que crescer e alcançar a maturidade seja possível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A
cultura de cooperação e diálogo, base da construção de uma paz social que não
se faz sem aceitar o conflito, é o desafio da mediação para a sociedade, mais
do que o seu contributo; exige responsabilidade na ação, liberdade de decisão,
autodeterminação. Estaremos disponíveis, ou melhor, preparados para isto como
sociedade? As dificuldades de implementação da Mediação e da sua cultura, bem
como a sua judicialização, dizem-me que não. Mas vale a pena sonhar o futuro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 7.1pt; margin-right: -14.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">"<i style="mso-bidi-font-style: normal;">A cura social é
composta de espaços de ressonância, vozes tocando vozes em um espaço comum</i>".
“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O norte da construção da paz articula-se
melhor com o encontro do caminho para nos tornarmos e sermos comunidades
humanas locais e globais, caracterizadas pelo respeito, dignidade, justiça,
cooperação e resolução não violenta dos conflitos. Entender este norte, ler tal
bússola, exige que reconheçamos e desenvolvamos a nossa imaginação moral de
maneira muito mais intencional</i>.”- (John Paul Lederach, In. “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">A imaginação moral: a arte e a alma da
construção da paz</i>”)</span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Desktop/Contributos%20da%20media%C3%A7%C3%A3o%20para%20a%20comunidade%20e%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20paz%20social.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> Cobb, S. (2016). Speaking of
Violence. Oxford University Press<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 24.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -24.0pt;">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Desktop/Contributos%20da%20media%C3%A7%C3%A3o%20para%20a%20comunidade%20e%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20paz%20social.docx#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Grebe, S.
C., Irvin, K., & Lang, M. (1989). A model for ethical decision making in
mediation. <i>Mediation Quarterly</i>, <i>7</i>(2), 133–148. http://doi.org/10.1002/crq.3900070205</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Desktop/Contributos%20da%20media%C3%A7%C3%A3o%20para%20a%20comunidade%20e%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20paz%20social.docx#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> Cobb, S. (1991). Einsteinian
Practice and Newtonian Discourse: An Ethical Crisis in Mediation. <i>Negotiation
Journal</i>, <i>Vol. 7</i>(January), 87–102.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Desktop/Contributos%20da%20media%C3%A7%C3%A3o%20para%20a%20comunidade%20e%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20paz%20social.docx#_ftnref4" name="_ftn4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">
Morin, E. (1979). Paradigma Perdido: a natureza humana. </span><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Publicações Europa-América.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Desktop/Contributos%20da%20media%C3%A7%C3%A3o%20para%20a%20comunidade%20e%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20paz%20social.docx#_ftnref5" name="_ftn5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"> Bauman, Z. (2007). </span><span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">Tempos
líquidos. Zahar.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Desktop/Contributos%20da%20media%C3%A7%C3%A3o%20para%20a%20comunidade%20e%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20paz%20social.docx#_ftnref6" name="_ftn6" style="mso-footnote-id: ftn6;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 9.0pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 9.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 9.0pt;"> Feldman, A. (1991): Formations of Violence: The
Narrative of the Body and Political Terror in Northern Ireland, Chicago,
University of Chicago Press. </span><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 9.0pt;">Cit. In<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cobb,
Sara (2017) Hablando de violencia: La política y las poéticas narrativas en la
resolución de conflictos . </span><span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 9.0pt;">Gedisa
Editorial. </span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-62364384322035837592018-07-20T11:39:00.000+01:002018-07-20T11:39:47.417+01:00QUEM ENSINA É QUEM MAIS APRENDE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYCzcktdgdIUEQOo2wSbpjC7GmfCL7uyv3iOO20L9axxg9mq2UzZvaScISvx8OYJWFYKzFmLErWwMzLp6ExqK66uxoXJ9r5UAXY4DLuNfo7U5opnJs1NqY-7evlq7_O0bYp31JFZKceKQ/s1600/IMG-20180718-WA0009.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1334" data-original-width="750" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYCzcktdgdIUEQOo2wSbpjC7GmfCL7uyv3iOO20L9axxg9mq2UzZvaScISvx8OYJWFYKzFmLErWwMzLp6ExqK66uxoXJ9r5UAXY4DLuNfo7U5opnJs1NqY-7evlq7_O0bYp31JFZKceKQ/s640/IMG-20180718-WA0009.jpg" width="358" /></a></div>
<br />
Os primeiros 18dias de julho foram intensivos, intensos, desafiantes.<br />
Mas, acima de tudo, tiveram alegria, partilha, afeto e muita generosidade.<br />
Paulo Freire escreveu que "a alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo de busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria".<br />
A Pós-graduação em Mediação Familiar com Modelo Narrativo que durante 18 dias aconteceu na Red Apple teve tudo isto, uma mistura de alegria e desafio, de procura e encontro, mas acima de tudo, de boniteza. Aquela boniteza que descreve a humanidade e que nos contagia na força de um abraço.<br />
Virginia Satir dizia que " precisamos de 4 abraços por dia para sobreviver. Precisamos de 8 abraços por dia para manter. Precisamos de 12 abraços por dia para crescer." E eu acrescento, precisamos de 18 abraços por dia para aprender a sobreviver, a manter e a crescer. Tantos quantos recebi em cada um destes dias e os excedentes guardei, para que me abracem na vossa ausência Ézio, Débora, Lu, Lili, Márcia, Érika, Márcia K., Âgela, Alice.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-50491679747189732762018-07-06T00:32:00.000+01:002018-07-06T00:32:01.337+01:00O MEDIADOR APRENDIZ<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwyu7GQQgjmTawEr_JAJgoYsMUAHO-ky24EePD_BWgRvyCzNKh_KRrfXmy8iv7RUfOb3QZvZrvwjvgiUr2UK0CWCbqlM65IowSP_CCqsSUAmhsYHBdlkhyXebVWYzznPDRJppWjyQpiGU/s1600/36683028_10156054583833183_2206143701443411968_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwyu7GQQgjmTawEr_JAJgoYsMUAHO-ky24EePD_BWgRvyCzNKh_KRrfXmy8iv7RUfOb3QZvZrvwjvgiUr2UK0CWCbqlM65IowSP_CCqsSUAmhsYHBdlkhyXebVWYzznPDRJppWjyQpiGU/s640/36683028_10156054583833183_2206143701443411968_n.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
<b>"<i>Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para para constatar, contatando intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade</i>". (Paulo Freire)</b></div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
<br /></div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
Levar para o contexto de formação de mediadores a nossa prática é um desafio. Um desafio de integridade. O conhecimento partilhado deve ser conhecimento vivido. O ensinar a fazer é tanto mais desafiante para aquele que, fazendo, se confronta todos os dias com a (in)certeza de saber (ou não saber).</div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
Ensinar é, acima de tudo, reflectir, permitir-se a si mesmo duvidar e não ter medo de aprender. Ser 50% professor / 50% estudante.</div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
Não tenho a veleidade de me apresentar como professora. Tenho o privilégio de poder partilhar a minha prática e as minhas aprendizagens e de as desafiar de cada vez que as exponho.</div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
Mas mais do que um privilégio, fazer formação de mediadores implica assumir a responsabilidade de uma prática reflexiva, de um saber que não impõe mas que reflecte sobre si próprio e se põe à prova perante o aprendiz (50% estudante / 50% professor).</div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
<span style="font-size: 16px;"><br /></span></div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
<span style="font-size: 16px;">Hoje ouvi em formação que o resumo do dia poderia ser a frase de Carl Jung: </span><i>"<span style="background-color: #fafafa;">Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." </span></i></div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; text-align: justify;">Talvez seja esta a diferença entre ser um profissional que exerce a função de mediador e perceber o que “</span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-align: justify;">é ser mediador</i><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-align: justify;">”,
entre ver a mediação apenas como um trabalho (uma função) ou ver mais além e perceber que ser mediador é identidade (parafraseando Bowling &
Hoffman, 2003:28). </span></div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Sou Mediadora</span>.</span></div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; text-align: justify;"><b>Epílogo</b></span></div>
<div>
<div id="ftn1">
</div>
</div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
<br /></div>
<div class="frase fr0" id="MTkwNjQyNA" style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 1.3; padding: 0px 0px 0px 25px; position: relative;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 20.2pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;">“<i>Tenho a certeza de já alguma vez vos ter acontecido depararem-se com
uma ideia, mas não estarem certos da sua correcção e deterem-se por um momento
a ponderá-la. Se nunca vos aconteceu, comecem agora, porque nunca é demasiado
tarde. Mas o mais maravilhoso é poder “ocupar” a cabeça com um problema cuja
solução seja incerta. E revolvê-lo, examiná-lo de diferentes ângulos, duvidar,
recomeçar do princípio. Enfurecer-se com ele. Abandoná-lo para o reencontrar
mais tarde. É uma experiência impar que vos recomendo</i>.” (<b>In</b>. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;">Paenza,
A. (2008). <u>Matemática. estás ai?</u> Lisboa, Dom Quixote</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;">.)<span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-53406724671610703922018-07-03T18:33:00.000+01:002018-07-03T18:33:00.022+01:00CARTA DE UMA MEDIADORA IMPERFEITA<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIZIkkPHM4pETRT6DaaZygxSS1x2C_nt-imjWKV_wZCmKSvjWTGkKS4zvaSBj3J6iZ_FPatcoBgX5aadR6_NYxs3mdxQ4RZIdmTXyWfei7-v50n2v1rY-KwJ-PJDE0nmmWNd0Rr2F9IKU/s1600/_mudan%25C3%25A7a-satir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1192" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIZIkkPHM4pETRT6DaaZygxSS1x2C_nt-imjWKV_wZCmKSvjWTGkKS4zvaSBj3J6iZ_FPatcoBgX5aadR6_NYxs3mdxQ4RZIdmTXyWfei7-v50n2v1rY-KwJ-PJDE0nmmWNd0Rr2F9IKU/s640/_mudan%25C3%25A7a-satir.jpg" width="476" /></a></div>
CARTA DE UMA MEDIADORA IMPERFEITA A UM CASAL IMPERFEITO A MEIO DE UM PROCESSO IMPERFEITO<br />
<br style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-color: transparent; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position-x: 0%; background-position-y: 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border-bottom-color: rgb(34, 34, 34); border-bottom-style: none; border-bottom-width: 0px; border-image-outset: 0; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 100%; border-image-source: none; border-image-width: 1; border-left-color: rgb(34, 34, 34); border-left-style: none; border-left-width: 0px; border-right-color: rgb(34, 34, 34); border-right-style: none; border-right-width: 0px; border-top-color: rgb(34, 34, 34); border-top-style: none; border-top-width: 0px; font-family: sans-serif; font-size-adjust: none; font-size: 13px; font-stretch: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; line-height: 19.5px; outline-color: transparent; outline-style: none; outline-width: 0px; overflow: visible; width: auto;" />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-color: transparent; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position-x: 0%; background-position-y: 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border-bottom-color: rgb(34, 34, 34); border-bottom-style: none; border-bottom-width: 0px; border-image-outset: 0; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 100%; border-image-source: none; border-image-width: 1; border-left-color: rgb(34, 34, 34); border-left-style: none; border-left-width: 0px; border-right-color: rgb(34, 34, 34); border-right-style: none; border-right-width: 0px; border-top-color: rgb(34, 34, 34); border-top-style: none; border-top-width: 0px; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size-adjust: none; font-size: 13px; font-stretch: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 19.5px; orphans: 2; outline-color: transparent; outline-style: none; outline-width: 0px; overflow: visible; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; width: 462px; word-spacing: 0px;">
Gostaria de ter uma coisa "muito inteligente" para vos dizer neste momento e que ajudasse a quebrar o impasse. Daquelas coisas "muito inteligentes" que vêm nos manuais de "saber fazer". Mas a vossa história não vem nesses manuais.</div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-color: transparent; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position-x: 0%; background-position-y: 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border-bottom-color: rgb(34, 34, 34); border-bottom-style: none; border-bottom-width: 0px; border-image-outset: 0; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 100%; border-image-source: none; border-image-width: 1; border-left-color: rgb(34, 34, 34); border-left-style: none; border-left-width: 0px; border-right-color: rgb(34, 34, 34); border-right-style: none; border-right-width: 0px; border-top-color: rgb(34, 34, 34); border-top-style: none; border-top-width: 0px; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size-adjust: none; font-size: 13px; font-stretch: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 19.5px; orphans: 2; outline-color: transparent; outline-style: none; outline-width: 0px; overflow: visible; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; width: 462px; word-spacing: 0px;">
Gostaria de vos poder dizer que tudo isto é normal, que outras e outros já viveram situações semelhantes e encontraram as melhores soluções, da melhor forma que sabiam. Mas a vossa história não é a deles e tem sons, cores e sabores diferentes.</div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-color: transparent; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position-x: 0%; background-position-y: 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border-bottom-color: rgb(34, 34, 34); border-bottom-style: none; border-bottom-width: 0px; border-image-outset: 0; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 100%; border-image-source: none; border-image-width: 1; border-left-color: rgb(34, 34, 34); border-left-style: none; border-left-width: 0px; border-right-color: rgb(34, 34, 34); border-right-style: none; border-right-width: 0px; border-top-color: rgb(34, 34, 34); border-top-style: none; border-top-width: 0px; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size-adjust: none; font-size: 13px; font-stretch: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 19.5px; orphans: 2; outline-color: transparent; outline-style: none; outline-width: 0px; overflow: visible; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; width: 462px; word-spacing: 0px;">
Gostaria de vos poder dizer que tenho uma caixa onde guardo a esperança; que nunca abro com medo que esta me fuja.</div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-color: transparent; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position-x: 0%; background-position-y: 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border-bottom-color: rgb(34, 34, 34); border-bottom-style: none; border-bottom-width: 0px; border-image-outset: 0; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 100%; border-image-source: none; border-image-width: 1; border-left-color: rgb(34, 34, 34); border-left-style: none; border-left-width: 0px; border-right-color: rgb(34, 34, 34); border-right-style: none; border-right-width: 0px; border-top-color: rgb(34, 34, 34); border-top-style: none; border-top-width: 0px; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size-adjust: none; font-size: 13px; font-stretch: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 19.5px; orphans: 2; outline-color: transparent; outline-style: none; outline-width: 0px; overflow: visible; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; width: 462px; word-spacing: 0px;">
Gostaria de vos poder dizer que o amor já foi explicado, pelo princípio da incerteza de Heisenberg e que, por isso, nem mesmo o passado é certo. E que a mesma incerteza tece as memórias expectantes do futuro.</div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-color: transparent; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position-x: 0%; background-position-y: 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border-bottom-color: rgb(34, 34, 34); border-bottom-style: none; border-bottom-width: 0px; border-image-outset: 0; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 100%; border-image-source: none; border-image-width: 1; border-left-color: rgb(34, 34, 34); border-left-style: none; border-left-width: 0px; border-right-color: rgb(34, 34, 34); border-right-style: none; border-right-width: 0px; border-top-color: rgb(34, 34, 34); border-top-style: none; border-top-width: 0px; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size-adjust: none; font-size: 13px; font-stretch: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 19.5px; orphans: 2; outline-color: transparent; outline-style: none; outline-width: 0px; overflow: visible; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; width: 462px; word-spacing: 0px;">
Gostaria de vos poder dizer que tudo o que decidirem hoje vai acontecer amanhã. Mas deixei a minha "varinha de condão" na última página do último livro que li com quem precisava mais dela do que eu.</div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-color: transparent; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position-x: 0%; background-position-y: 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border-bottom-color: rgb(34, 34, 34); border-bottom-style: none; border-bottom-width: 0px; border-image-outset: 0; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 100%; border-image-source: none; border-image-width: 1; border-left-color: rgb(34, 34, 34); border-left-style: none; border-left-width: 0px; border-right-color: rgb(34, 34, 34); border-right-style: none; border-right-width: 0px; border-top-color: rgb(34, 34, 34); border-top-style: none; border-top-width: 0px; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size-adjust: none; font-size: 13px; font-stretch: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 19.5px; orphans: 2; outline-color: transparent; outline-style: none; outline-width: 0px; overflow: visible; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; width: 462px; word-spacing: 0px;">
Não vos posso dizer nada sobre vós que não saibam já, até porque essa é uma história que não escrevi e que se a contar terá sempre espaços em branco onde apenas subsistem os não ditos.</div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-color: transparent; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position-x: 0%; background-position-y: 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border-bottom-color: rgb(34, 34, 34); border-bottom-style: none; border-bottom-width: 0px; border-image-outset: 0; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 100%; border-image-source: none; border-image-width: 1; border-left-color: rgb(34, 34, 34); border-left-style: none; border-left-width: 0px; border-right-color: rgb(34, 34, 34); border-right-style: none; border-right-width: 0px; border-top-color: rgb(34, 34, 34); border-top-style: none; border-top-width: 0px; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size-adjust: none; font-size: 13px; font-stretch: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 19.5px; orphans: 2; outline-color: transparent; outline-style: none; outline-width: 0px; overflow: visible; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; width: 462px; word-spacing: 0px;">
Apenas sou uma mediadora imperfeita, oferecendo um diálogo imperfeito para soluções imperfeitas tentando ultrapassar o impasse, incapaz de escrever em verso.</div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-58948414803848282422018-06-22T15:25:00.000+01:002018-06-22T15:46:23.626+01:00COMO MEDIADORES, PORQUE FAZEMOS "AS COISAS" QUE FAZEMOS?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT3eIIidp1V4W1SQZu-COKOYR6irkG6m2qYvE0kwgbuqhyfgS8rMvyej720JIDzzC3GHKrip2JJXNkzeJFLx6ntJgdszB0l6uA87aQ_u2e-QBTZFhovDd-mAPFaP-iLqFpPlE2MFD1Zhc/s1600/Diapositivo1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT3eIIidp1V4W1SQZu-COKOYR6irkG6m2qYvE0kwgbuqhyfgS8rMvyej720JIDzzC3GHKrip2JJXNkzeJFLx6ntJgdszB0l6uA87aQ_u2e-QBTZFhovDd-mAPFaP-iLqFpPlE2MFD1Zhc/s640/Diapositivo1.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
Poderia chamar a este post, "O Mediador Imperfeito é Reflexivo"<br />
<br />
Ao voltar ao excelente artigo de Michael Lang e Susanne Terry publicado na ACResolution (Spring 2013) "Excellence: Using Reflective Debrief to Build Competence", parei para reflectir sobre ele e com ele.<br />
<br />
O desafio inicial desta reflexão começa com a questão: "<i>Do you know why you do things you do - the choices you make?" (- Rick to Merle, "The Walking Dead")</i><br />
Como Mediadores sabemos porque fazemos as escolhas que fazemos quando e enquanto mediamos?Somos conscientes do que fazemos? Ou meros técnicos automatizados, presos a uma estrutura de processo linear (se perguntarmos 5 vezes seguidas porquê, isto vai desbloquear o problema)?<br />
<br />
As questões com que Lang e Terry abrem o seu artigo já me ocorreram, como por certo surgiram a tantos outros mediadores conscientes da sua prática.<br />
1. por vezes conseguimos alcançar pequenas e inesperadas vitórias, quando noutras e utilizando as mesmas estratégias não conseguimos fazer progressos;<br />
2. em algumas situações damos por nós frustrados e, no meio de um diálogo bloqueado, a procurar soluções para ajudar as partes a seguirem em frente;<br />
3. em outras situações, tudo flui e parece que não conseguimos perceber porquê, achando que fizemos tão pouco e perguntando a nós próprios "como raio isto aconteceu?";<br />
4. Momentos há em que, no meio de uma mediação familiar particularmente desafiante nos perguntamos se as nossas próprias experiências familiares não estão a influenciar a nossa intervenção;<br />
5. tantas vezes, depois de as partes chegarem a acordo, nos apercebemos de que provavelmente poderiam ter alcançado um acordo melhor.<br />
<br />
De onde vêm estas perguntas e o que fazemos com elas?<br />
Preocupados que estamos em aplicar um determinado modelo, em que as fases do processo sejam sucessivas e em não "pisar ramo verde", ou seja não violar nenhuma das regras pré-ordenadas, damos por nós a negar outras vias de trabalhar os problemas, a experimentar sair do enquadramento técnico que nos foi imposto pela nossa formação, não aproveitando o insight transformativo e a aprendizagem que a reflexão na prática traz.<br />
<br />
Como Lang e Terry afirmam, a prática reflexiva é um compromisso com a aprendizagem a partir da experiência. E esta aprendizagem é tanto ou mais valiosa quando, confrontados com uma situação inesperada <span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; color: black; display: inline !important; float: none; font-family: Times New Roman; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">ou surpreendente </span>(daquelas que não se encontram descritas nos manuais, nem sobre as quais os teóricos sem prática alguma vez escreverão) , nos apercebemos de que a caixa de ferramentas que possuímos (todas as técnicas colecionadas em muitas formações) não chegam para responder àquela particular situação ou experiência.<br />
<br />
A interação entre a teoria e a prática tem de passar pela reflexividade, pelo questionamento/desafio das concepções teóricas sobre o conflito e sobre a mediação.<br />
Donald Shön, sem dúvida uma das principais referências no contexto da prática reflexiva, diz na sua obra "<i>The Reflective Practitioner</i>" que "as situações de incerteza, instabilidade, singularidade e conflito" (cit. Lang e Terry, 2013) são fontes de aprendizagem. É, por isso, importante desenvolver a capacidade de pensarmos sobre o que fazemos, como e porque o fazemos, de modo a transformarmos a nossa prática em algo mais do que uma rotina.<br />
<br />
Tal como John Dewey afirma: "<i>Não aprendemos com a experiência… Aprendemos reflectindo na experiência</i>".<br />
<br />
Voltarei por aqui...continuando a reflectir.<br />
<i></i><i></i><i></i><i></i><br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-72765593845484636892018-06-13T12:15:00.001+01:002018-06-13T12:19:51.029+01:00O FIM DE UM CICLO, O INÍCIO DE UMA CAMINHADA<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3xRZxTguXo54_H5fyqBlq44jGySe1TM_jJH4Uvr0ippkmJOqrBk_1HYzzuVj6xRF7kcRa_CUvEuUDtCPGKUN0-MigM9f5rj6vn3lDdJ49VqZSgpLEy_hr0Z3d0J8mOe9TItrT1tvXYsU/s1600/opoder+da+ma%25C3%25A7a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="586" data-original-width="960" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3xRZxTguXo54_H5fyqBlq44jGySe1TM_jJH4Uvr0ippkmJOqrBk_1HYzzuVj6xRF7kcRa_CUvEuUDtCPGKUN0-MigM9f5rj6vn3lDdJ49VqZSgpLEy_hr0Z3d0J8mOe9TItrT1tvXYsU/s640/opoder+da+ma%25C3%25A7a.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Os Mapas fazem parte da preparação para a viagem. E há muitos tipos de mapas e diferentes formas de viajar. Sentada à minha secretária e a apreciar as andorinhas nos seus voos erráticos em frente à minha janela, pensava em como seres de aparência tão frágil são capazes de fazer viagens tão longas e voltar ao lugar onde se sentiram seguras, acolhidas e livres.<br />
Sinceramente, queria mandar uma mensagem a um grupo especial e queria que também ela fosse especial. Mas as palavras surgem erráticas, como o voo de uma andorinha.<br />
Li uma vez num livro que "um mapa não se limita a cartografar: ele abre e formula significados; forma pontes entre o aqui e ali, ente ideias díspares que não sabíamos estarem interligadas" (Reif Larsen); como formadora dedico-me apenas a desenhar mapas, a construir pontes de conhecimento, a redescobrir ideias díspares, para que a curiosidade do viajante e a sua coragem para descobrir novos caminhos os possam redesenhar.<br />
<br />
E a curiosidade é aqui a palavra chave. Não há conhecimento nem aprendizagem sem curiosidade e ser curioso implica grande coragem. Li num outro livro (como sabem leio muitos livros, às vezes pelo prazer da viagem, às vezes pela voragem do inesperado) que "a curiosidade é uma causadora de sarilhos". Achei piada. A autora, Brené Brown citava Einstein : "O importante é não deixar de questionar, a curiosidade tem a sua razão de ser", comentando "a razão de ser da curiosidade não é simplesmente a de ser uma ferramenta usada para a aquisição de conhecimento: ela recorda-nos que estamos vivos", concluindo que a curiosidade é um ato de vulnerabilidade. Temos de ter consciência de nós, sobre o que sabemos para sentir curiosidade, quanto mais sabemos mais queremos saber. E querer saber mais, por vezes trás grandes sarilhos, porque nos leva a questionar e a duvidar sobre o que já sabemos. O que nos faz sentir vulneráveis.<br />
O que eu mais gosto na curiosidade é que ela é "indisciplinada. Não gosta de regras, ou no mínimo, assume que todas as regras são provisórias, sujeitas a serem dilaceradas por uma pergunta inteligente que ainda ninguém se lem<span style="font-family: inherit;">brou de fazer. Desdenha os percursos aprovados, preferindo desvios, excursões não planeadas, escolhas impulsivas" (Ian Leslie).</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">O Mediador é um ser curioso, por vezes indisciplinado, por vezes impulsivo, e sempre maravilhosamente imperfeito. Vulnerável na sua imperfeição, corajoso na su</span>a curiosidade. Em suma, humano.<br />
Gosto de pensar que na Red Apple criámos uma Escola de Mediação, uma escola que não é uma caixa, nem é uma gaiola, é uma Escola com asas, para parafrasear Rubem Alves. <span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;">E "<span style="-ms-user-select: text; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; display: inline !important; float: none; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 20.8px; orphans: 2; pointer-events: auto; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado".</span></span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><span style="-ms-user-select: text; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; display: inline !important; float: none; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 20.8px; orphans: 2; pointer-events: auto; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Desejo a todas as novas Mediadoras uma viagem aliciante, errática, indisciplinada, curiosa, com pequenas excursões não planeadas e escolhas impulsivas. Voem como as andorinhas.</span></span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><span style="-ms-user-select: text; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; display: inline !important; float: none; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 20.8px; orphans: 2; pointer-events: auto; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Feliz viagem! E, de quando em vez, enviem um postal.</span></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-81350869808980836872018-05-29T12:14:00.002+01:002018-05-29T12:24:02.450+01:00PARABÉNS RED APPLE - 10 ANOS DE PARCERIA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /><iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/4JdtiCPro2E/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/4JdtiCPro2E?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129;"><b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos." (E. Galenao)</span></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">Para descrever o meu percurso como Mediadora e como formadora de Mediadores, a <a href="http://www.red-apple.pt/" target="_blank">Red Apple - Formação Contínua e Estudos Superiores</a>, é um espaço incontornável no meu percurso. Um espaço de desafio constante, de criatividade, de afectos e de gente que passa e nos deixa sempre uma marca na memória. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">Aqui há tempo e espaço para aprender amando o que fazemos e reflectindo sobre o que aprendemos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">E são já muitas viagens e aventuras:<a href="http://www.red-apple.pt/index.php/pos-graduacoes/item/46-curso-de-especializacao-em-mediacao-familiar-8-edicao-220-horas" target="_blank"> Mediação Familiar</a> na 12.ª Edição; <a href="http://www.red-apple.pt/pos-graduacoes/item/48-mediacao-escolar" target="_blank">Mediação Escolar</a> be-learning na 13.ª Edição, Mediação Civil e Comercial e agora o desafio da <a href="http://www.red-apple.pt/pos-graduacoes/item/126-mediacao-comunit%C3%A1ria" target="_blank">Mediação Comunitária</a> 1.ª Edição. E sempre inovando, procurando fazer melhor.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">Ainda não há muito tempo escrevia o seguinte:</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #1d2129;"><span style="background-color: white;">" </span></span><i>Descobri que a minha história se parece mais com uma
viagem de longo curso, com muitas paragens, apeadeiros e mudanças de rumo.
Descobri durante a viagem, e com os muitos passageiros que me têm feito
companhia, que para aprender e conhecer efetivamente é preciso amar o que
queremos aprender. “Amar é conhecer. Só
conhecemos o que amamos”, diz Ruben Alves. É criar raízes e asas para
sonhar. E não esquecer de levar na bagagem a alegria de viver …e a poesia que
tece as histórias de vida</i>."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sem dúvida a Red Apple faz parte desta descoberta.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-35186861081465463732018-05-25T15:55:00.003+01:002018-05-25T15:55:53.551+01:00A MINHA ESCOLA CHAMA-SE CURIOSIDADE...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgELcfkjtkfNpydrVdoI3Lw37ECgD4KCNMnDNZ48ikFSzPOGPWCD8kwJEGhvpu2nPmKg3tguvuFay5bSbEMjYU6OPHIkh2z-ookG76GBZ5OY5WB4MyaGtpSI4czyRSR_LzHsGJadAEribY/s1600/16265524_1336896269706568_8733155500925116923_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="200" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgELcfkjtkfNpydrVdoI3Lw37ECgD4KCNMnDNZ48ikFSzPOGPWCD8kwJEGhvpu2nPmKg3tguvuFay5bSbEMjYU6OPHIkh2z-ookG76GBZ5OY5WB4MyaGtpSI4czyRSR_LzHsGJadAEribY/s400/16265524_1336896269706568_8733155500925116923_n.png" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Ontem estive por aqui...na Psikontacto, em Coimbra, a conversar sobre Mediação Escolar, transformar o conflito em oportunidade. Uma forma de revisitar um artigo escrito em parceria com a Catarina Morgado (Publicado na Exedra, a revista da Escola Superior de Educação de Coimbra, em 2008) e que vemos com alegria e alguma surpresa a ser muito citado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fico grata à Catarina Morgado e à Psikontacto por este convite e pela oportunidade para a conversa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Costumo abrir as minhas "conversas" com a frase "o conflito é uma história à espera de ser contada", ou melhor, várias histórias entrelaçadas entre si à espera de reorganização e desconstrução.</div>
<div style="text-align: justify;">
Somos as histórias que contamos e escutamos, sobre nós e sobre os outros. Somos e aprendemos a ser fazendo continuamente opções, para onde optamos desviar o olhar e o que preferimos ver; a forma como escutamos e o que escolhemos ouvir; a forma como nos entregamos na aceitação do outro e como aprendemos a aceitar-nos através e para além das nossas vulnerabilidades.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E é nesta teia de histórias que construímos relações </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Rubem Alves parafraseia Alberto Caeiro dizendo "Não é bastante ter ouvidos para ser ouvido o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma".</div>
<div style="text-align: justify;">
E falta-nos o silêncio, tantas vezes, o silêncio e o tempo para silenciar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As escolas são lugares cheios de ruídos e não apenas os ambientais, mas também os internos; e enquanto uns nos rodeiam impondo-nos o seu ritmo, os outros tornam-nos surdos e cegos aos (outros).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A mediação é um espaço de diálogo e o diálogo exige escuta, e a escuta necessita de silêncio e o silêncio de tempo, para que as palavras ganhem um novo ritmo onde é possível escutar e construir novos significados. Os espaços de resolução de conflitos têm um ritmo e tempos próprios. E as escolas não têm esses espaços, tão necessários à construção de relações. Nos contextos escolares (de forma similar a outros contextos) as relações são danificadas pelo conflito sem que se estabeleçam processos que permitam a sua cura, antes se optando, muitas vezes, por ignorar o conflito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vive-se, neste contexto como noutros, a preocupação dos resultados, em oposição à preocupação com processos de aprendizagem de resolução de conflitos, que permitem adquirir competências para o diálogo e a construção de relações mais positivas e nesse sentido atuar de forma preventiva e pedagógica sobre os comportamentos. O individuo é confundido com o seu comportamento e por isso identificado com ele, razão pela qual a escola que se quer inclusiva cria no seu seio espaços de exclusão (as turmas para indivíduos específicos e com currículos especiais, equiparando desta forma o comportamento com a inabilidade para aprender).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há muitos projetos à volta da escola para lidar com comportamentos considerados não normais neste contexto, a maioria deles destinam-se a trabalhar competências sociais e emocionais dos jovens que assumem esses comportamentos, partido da premissa de que não possuem essas competências. Outros projetos destinam-se a ensinar aos professores como lidar com os jovens que "não têm" essas competências. Quer uns, quer outros, e muitos com bons resultados, raramente se centram na dinâmica da construção da relação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A aplicação da Mediação em contexto escolar, quando percebida como um processo pedagógico de resolução de conflitos através da transformação das relações e da construção de novas narrativas sobre estas e sobre as pessoas que habitam a Escola, abre um espaço de aprendizagem de competências para a vida essencial para aprender a Ser num espaço de relação com o outro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas também nisto continuo a aprender e sem dúvida muito mudei já enquanto mediadora e na forma como vejo a aplicação da mediação no contexto escolar e que vai muito além da Mediação entre pares.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ontem perguntaram-me se ainda sonho e qual é o meu sonho. Num espaço de 5 dias foi a segunda vez que me fizeram esta pergunta. E respondi:</div>
<div style="text-align: justify;">
- "A minha Escola chama-se curiosidade e a sua língua é a poesia"</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-34523968480253070182018-05-15T15:59:00.003+01:002018-05-15T17:36:18.898+01:00UM NOVO MODELO DE MEDIAÇÃO A TER EM CONTA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0gkwOJBOPYzyrGiTquirV0jn-2id_5LMunZLAiz1mP6B5VuD2JyqPx4KQy6OTVKTW6vGeHG88-tOeh-aIzBSCi8CGikp_5jrxYDmTqqhUI34I6lzluX-CYVOdnrOcVxpmPDRq6q6lGds/s1600/41VaCTl86ML._AC_US218_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="218" data-original-width="218" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0gkwOJBOPYzyrGiTquirV0jn-2id_5LMunZLAiz1mP6B5VuD2JyqPx4KQy6OTVKTW6vGeHG88-tOeh-aIzBSCi8CGikp_5jrxYDmTqqhUI34I6lzluX-CYVOdnrOcVxpmPDRq6q6lGds/s640/41VaCTl86ML._AC_US218_.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b><i>"Conhecer e reconhecer os fundamentos teóricos da nossa prática, ajuda-nos a ser melhores praticantes"</i></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
INSIGHT MEDIATION - Un modelo que nos é apresentado por Kenneth Melchin e Cheryl Picard, desenvolvido na Carleton University, Otwa, Canada.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
O modelo evoluiu posicionando-se face aos modelos transformativo e narrativo de mediaçãoe fundamentando-se no trabalho do Filósofo Canadiano Bernard Lonergan e na sua teoria sobre o "Insight" - Bernard Lonergan. (1992). Insight: A Study of Human Understanding. (F. E. C. and R. M. Doran, Ed.) (5th ed.). Toronto: University of Toronto Press. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Um novo modelo muito centrado na comunicação, na autonomia dos mediados e na sua responsabilização, através de um processo de mediação que proporciona, acima de tudo, uma uma compreensão sobre si mesmo e sobre o outro, que gera uma aprendizagem sobre o que o conflito significa para cada uma das partes, descobrindo o que é importante para cada uma delas e como isso pode ser ameaçador para a outra. Centra-se não apenas no individuo, mas também nos aspectos sociais que influenciam as suas atitudes e comportamentos e cria espaços para a mudança.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Tal como os modelos transformador e narrativo o "Insight Model" constrói o seu processo e base teórica a partir da Relações em conflito, olhando para as relações e para a interdependência das partes como pontos fulcrais para a análise e resolução do conflito.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Neste modelo os mediadores prestam uma especial atenção aos significados que são expressados através da comunicação, para ajudarem as partes a compreenderem as relações e a sua interdependência.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Este livro, <a href="https://www.amazon.com/Transforming-Conflict-through-Insight-Kenneth/dp/1442610514/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1526393895&sr=8-1&keywords=cheryl+picard+insight" target="_blank">Transforming Conflict through Insight</a>, é uma abordagem inicial sobre o modelo proposto e é actualmente uma leitura imprescindível para o Mediador que quer desenvolver a sua prática. Mas se quiserem ter um vislumbre sobre o modelo de forma mais resumida, ficam aqui as referências de três artigos publicados em revistas de referência para a área da Mediação, o <b><i>Negotiation Journal</i></b> e a <b><i>Conflict Resolution Quarterly:</i></b></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
Sargent, N., & Picard, C. (2011). Rethinking Conflict: Perspectives from the Insight Approach. Negotiation Journal, (July), 343–366. Retrieved from http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1571-9979.2011.00311.x/full</div>
<div class="separator" style="clear: both;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
Picard, C. A., & Melchin, K. R. (2000). Insight Mediation: A Learning-Centered Mediation Model. Negotiation Journal, (January 2007), 35–53.</div>
<div class="separator" style="clear: both;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
Picard, C. (2003). Learning about learning: The value of “insight.” Conflict Resolution Quarterly, 20(4), 477–484. http://doi.org/10.1002/crq.41</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-38473769378910879262018-05-10T13:14:00.000+01:002018-05-10T13:14:24.387+01:00O MEDIADOR IMPERFEITO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpJnC5q02yeN-Am2w3Hxl5xjqVH-9S2Lpy9SaNbPaY6dZu-W9KdwY7LuIkQ3o5JgmBKzb5dWimHak4fNFeWgBHvnlo2Tt70auUmCzxrAjPzyFfBMv8fQ-PO7v9pMmy2E4imW_omnRZBWY/s1600/tumblr_inline_miasetHe3n1qz4rgp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="500" height="512" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpJnC5q02yeN-Am2w3Hxl5xjqVH-9S2Lpy9SaNbPaY6dZu-W9KdwY7LuIkQ3o5JgmBKzb5dWimHak4fNFeWgBHvnlo2Tt70auUmCzxrAjPzyFfBMv8fQ-PO7v9pMmy2E4imW_omnRZBWY/s640/tumblr_inline_miasetHe3n1qz4rgp.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;">Lenard Marlow escreveu no seu "<span style="background: white;">Divorce Mediation: A Practice In Search of A Theory,
and The Two Roads To Divorce" que <b>"<i>a Mediação é um processo
imperfeito, orientado por uma pessoa imperfeita, para ajudar uma terceira
pessoa imperfeita a alcançar um acordo imperfeito num mundo imperfeito</i>". </b></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><span style="background: white;"><b>Esta é a beleza da Mediação.</b></span></span><span style="font-size: 9pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><span style="background: white;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 7.1pt;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;">Tendemos a acentuar nas características do
processo as virtualidades da Mediação para a resolução de conflitos. Mas, o
Mediador não é aqui descartável ou, como li algures, biodegradável. </span><span style="font-size: 9pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;"> Bernard Mayer, no seu "Beyond Neutrality, coloca assim
a questão: “<i>O que as partes em disputa precisam que os mediadores de
conflitos lhes dêem é mais do que um processo: necessitam de compreensão,
compromisso, criatividade, força, sabedoria, pensamento estratégico,
confrontação, paciência, encorajamento, humor, coragem e um sem número de
outras qualidades que não têm apenas a ver com processo e substância.</i>”
(Mayer, 2004:146).</span><span style="font-size: 9pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 7.1pt;">
<span class="footnotesymbol"><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;">Então que competências deve ter um
Mediador e que competências terá de desenvolver?</span></span><span style="font-size: 9pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="standard" style="line-height: 150%; margin: 0cm -0.6pt 12pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;"> De forma quase anedótica, William Simkin
(1971) descrevia assim as qualidades que acreditava um mediador deveria
possuir: “<i>1</i>. A paciência de Job; 2. A sinceridade e a tenacidade
dos Ingleses; 3. O humor dos Irlandeses; 4. A resistência física dos corredores
de maratona; 5. A habilidade para esquivar o contrário de um jogador de futebol
americano; 6. A astúcia de Maquiavel; 7. A habilidade de um bom psiquiatra para
sondar a personalidade; 8. A capacidade de um mudo para guardar segredos; 9. A
pele de um rinoceronte; 10. A sabedoria de Salomão<i>.</i>”; Logo
acrescentando, em tom mais sério, as seguintes: “<i>11. demonstrando
integridade e imparcialidade; 12. o reconhecimento e a confiança no processo;
13. uma fé firme na voluntariedade; 14. uma crença fundamental nos valores
humanos e nas suas potencialidades, equilibrada pela habilidade para
compreender as fraquezas e acentuar as forças; 15. habilidade para analisar o
que é possível face ao que se encontra disponível, em contraste com o que seria
desejável; 16. suficiente auto-confiança, acompanhada de uma forte
capacidade de ser discreto.</i></span><span style="font-size: 9pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 150%; margin: 0cm -0.6pt 12pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;">Parece quase perfeito, certo?</span><br />
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;">Mas a coisa complica-se quando entendemos que a linguagem não serve apenas para descrever a realidade, mas antes a constrói. E que neste contexto de relatos e construções do espaço de diálogo, que é a mediação, o Mediador é também ele um construtor de realidades e traz consigo o seu ser, o seu estar e o seu saber fazer. Entra no diálogo como um ser completo e não como um autómato num processo mecanizado, com questões pré-formuladas. Os seus valores, o seu sentir, o seu escutar acompanham o mediador. E é por isso que não é perfeito, porque ninguém é perfeito na sua humanidade.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;">Na impossibilidade de um Mediador Imperfeito, poderemos começar a pensar na necessidade de um Mediador Reflexivo.</span></div>
<div class="standard" style="line-height: 150%; margin: 0cm -0.6pt 12pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: -.6pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 12.5pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><span lang="EN-US"><br /></span></i></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 34.85pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p></o:p></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" /></div>
<div>
<div id="ftn1">
<br />
<div class="Footnote">
<br /></div>
</div>
</div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "amazon ember" , "arial" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "amazon ember" , "arial" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-46133104549610880932018-05-07T13:32:00.002+01:002018-05-07T13:33:13.616+01:00CONVERSAS EM CÍRCULO, PRODUZINDO RESSONÂNCIAS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9PlHeDDrQeS0L7_76__lbI1eF-OceWsoxEmW0UVf7IYC0nI6X0jUKVxNWNax8E3Sk1OkfKAjsO9y2QmVb6dNE7uRKTx5AQmgd9TGLEsz3cskBDyI3Vlgru5_mybg-v1HuW4cams0epW4/s1600/circulos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9PlHeDDrQeS0L7_76__lbI1eF-OceWsoxEmW0UVf7IYC0nI6X0jUKVxNWNax8E3Sk1OkfKAjsO9y2QmVb6dNE7uRKTx5AQmgd9TGLEsz3cskBDyI3Vlgru5_mybg-v1HuW4cams0epW4/s640/circulos.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.7pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: black; font-size: 9.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.7pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: black; font-size: 9.0pt;">“...<i>toda vocação nasce
de um grande amor, de uma grande esperança. Profissões e vocações são como plantas.
Vicejam e florescem em nichos ecológicos, naquele conjunto precário de
situações que as tornam possíveis e – quem sabe? – necessárias. Destruído esse
habitat, a vida vai se encolhendo, murchando, fica triste, mirra, entra para o
fundo da terra, até sumir</i>.” (<b>Rubem Alves, </b>Conversas com quem gosta
de ensinar<b>)</b></span><span style="font-size: 9.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="Standard" style="margin-left: 212.7pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Através dos tempos, muitas
culturas indígenas usaram (e usam) “conversas em círculo” para resolverem
problemas, para discutirem questões que afectam a tribo ou a comunidade ou para
resolver conflitos. (Winslade & Williams, 2012)</span><br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 2.9pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.9pt; text-align: justify; text-indent: 16.15pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As
conversas em Círculo podem ser usadas com diferentes propósitos: conversar,
promover a compreensão pelas diferenças, curar, reparar danos, apoiar,
construir um sentido de comunidade, resolver problemas/conflitos, reintegrar e
celebrar. Todos os círculos são formados sob a premissa de que qualquer ser
humano deseja estar em conexão com outros seres humanos e que essa conexão é
desafiada em situações de conflito. O processo do círculo permite criar um
espaço de segurança para a interacção humana e, de preferência, de reconexão. <span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/Conversas%20em%20C%C3%ADrculo%20-%20Isabel%20Oliveira%20-%202.odt#_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title="">[1]</a></span><a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/Conversas%20em%20C%C3%ADrculo%20-%20Isabel%20Oliveira%20-%202.odt#_ftn1" title=""><!--[endif]--></a></span></span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin: 2.9pt 0cm; text-indent: 16.15pt;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O
círculo proporciona uma oportunidade para que as pessoas, em conjunto, de uma
forma segura, apoiada e aprazível, aprendam a conhecer um pouco mais sobre as
outras, de modo a crescerem juntas como equipa, a desenvolverem competências de
comunicação (escuta activa, assertividade, processos de diálogo), para
explorarem e partilharem problemas e, o que também é igualmente importante,
celebrarem os seus sucessos.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 2.9pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.9pt; text-align: justify; text-indent: 16.15pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 2.9pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.9pt; text-align: justify; text-indent: 16.15pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O
processo que envolve o círculo engloba um sentido de inclusão (de todos) e
permite desenvolver competências de cidadania. Utilizando jogos ou actividades
de grupo entre pares, o círculo pode ajudar a desenvolver a auto-estima, a
apreciação do outro, a resolução de problemas, a cooperação, com um sentimento
de satisfação, individual e de grupo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 2.9pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.9pt; text-align: justify; text-indent: 16.15pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para
que um forum deste tipo funcione, é necessário que o facilitador saiba o que
está a fazer, tenha as suas linhas orientadoras bem definidas e a sua acção
delimitada<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 2.9pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.9pt; text-align: justify; text-indent: 16.15pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nos
Estados Unidos como em outras partes do mundo, segundo Winslade (<i>op.cit</i>)
as conversas em círculo também recebem a denominação de “<i>community circles</i>”
(círculos comunitários) e são usuais nas escolas primárias (ou de primeiro
ciclo). A sua aplicação torna-se mais rara no ensino secundário. Parece que as
escolas entendem que os círculos se adaptam melhor às crianças do que aos
adolescentes. No entanto, é entre estes que os problemas de isolamento,
ansiedade social e desligamento do grupo são mais prementes e necessitam de
rápida intervenção.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 2.9pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.9pt; text-align: justify; text-indent: 16.15pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 2.9pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.9pt; text-align: justify; text-indent: 16.15pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Os
círculos representam uma cadeia inquebrável, na qual não há nem princípio nem
fim, onde o contributo de cada indíviduo é igualmente valorizado e onde a
conversa pode ser conduzida rodeando o círculo ou atravessando-o, conforme se
deseje e estabeleça entre os seus membros. Os círculos devem ser, acima de
tudo, inclusivos, revelando a importância de todas as vozes, evitando a possibilidade
de alguém se esconder ou fugir. Todos são visíveis e responsáveis perante
todos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 2.9pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.9pt; text-align: justify; text-indent: 16.15pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 2.9pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.9pt; text-align: justify; text-indent: 16.15pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Num
mundo cada vez mais fragmentado e desconectado, as conversas em círculo
permitem estabelecer novas ligações entre as pessoas. Quer a nível comunitário,
quer a nível familiar, grupal e dentro da comunidade escolar. Os círculos nas
escolas e nas comunidades podem ser utilizados como forma de prevenção e de resolução face a
qualquer situação problemática que exige uma resposta estruturada de grupo e
para o grupo. Podem ser utilizados para criar uma identidade de grupo ou de
turma, consolidar valores positivos, e construir conexões e ligações onde e
entre quem não era possível antes.</span></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 2.9pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.9pt; text-align: justify; text-indent: 16.15pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Barbara Myerhoff diz que quando as pessoas
contam histórias em voz alta em grupo, o efeito naqueles que escutam é
profundo: “o ouvinte transforma-se”</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 2.9pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.9pt; text-align: justify; text-indent: 16.15pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Este sábado, 5 de Maio, pude sentir como o "ouvinte se transforma e escrevi no meu facebook o seguinte:</span></span></div>
<div class="Standard" style="line-height: 150%; margin-bottom: 2.9pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.9pt; text-align: justify; text-indent: 16.15pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">"</span><span style="background-color: white; color: #1d2129;">"Eu quero desaprender para aprender de novo. Raspar as tintas com que me pintaram. Desencaixotar emoções, recuperar sentidos." (Rubem Alves)</span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b style="color: #1d2129;">Hoje percebi que há lugares assim, onde encontramos a liberdade para desencaixotar emoções, onde redescobrimos os nossos sentidos, onde encontramos a segurança para nos reencontarmos e resedenharmos. Não é apenas um lugar físico, é um espaço de encontro, de gente com os olhos húmidos de sonhos e voz segura.</b></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129;"><div style="text-align: justify;">
Hoje percebi a responsabilidad<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">e partilhada entre o aprender e o ensinar: "É preciso amar para conhecer". Deparei-me com a força das palavras apenas murmuradas num circulo imperfeito e com a coragem de, sem esperar nada em troca, partilhar vulnerabilidade.</span></div>
</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline;"><div style="text-align: justify;">
<b>Há momentos que não são apenas formação, são espaços de transformação, onde apagamos as tintas com que nos mascaramos.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Obrigada @nuno ramos e a todas as formandas dos cursos de mediação escolar e de Mediação comunitária da @red apple."</div>
</span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="Textbody">
<a href="file:///C:/Users/Isa/Documents/_Gabinete%20de%20Media%C3%A7%C3%A3o/Artigos%20e%20textos%20de%20IO/Conversas%20em%20C%C3%ADrculo%20-%20Isabel%20Oliveira%20-%202.odt#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><b><span style="font-size: 8.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Hamlin, J. B</span></b><span style="font-size: 8.0pt;">. (2012). Use of peace circles in large-scale
community conflict: A case study. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Conflict
Resolution Quarterly</i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">29</i>(4),
403–419. doi:10.1002/crq</span><o:p></o:p></div>
</div>
</div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-53962903814197080512018-05-03T12:20:00.004+01:002018-05-03T12:20:45.687+01:00PRÁTICA REFLEXIVA EM MEDIAÇÃO: para além da neutralidade a consciência do ser e do fazer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_IdoyarTLd6U9VrkZLJBZfJ-FhjtILTTNQD2LOzGwx4rrUx9Y0fJd_v0xFAa8DmbQ5Umo5K6fmqm6aF_xlknGtOtAdewLI-s6yenrD8knq1IFycYDxaIz-9Ls66dNpoA_Wlm2zIrt3YE/s1600/pr%25C3%25A1tica+reflexiva.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_IdoyarTLd6U9VrkZLJBZfJ-FhjtILTTNQD2LOzGwx4rrUx9Y0fJd_v0xFAa8DmbQ5Umo5K6fmqm6aF_xlknGtOtAdewLI-s6yenrD8knq1IFycYDxaIz-9Ls66dNpoA_Wlm2zIrt3YE/s640/pr%25C3%25A1tica+reflexiva.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <b> O artigo de Arms Almengor, R. [(2018). Reflective practice and mediator learning: A current review. Conflict Resolution Quarterly, (March), 1–18. http://doi.org/10.1002/crq.21219] inspirou-me a escrever este <i>post</i>. Enquanto mediadora e formadora de mediadores este é um tema que estudo e integro na minha prática de mediação e de formação.</b></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <b>Winslade fala de reflexividade como<span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">estando</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">intimamente</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">ligada</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> a um
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">processo</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">dialógico</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">ou</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">conversacional</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
no </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">qual</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">os</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">mediadores</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">procuram</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">aprender</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> com </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">os</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">seus</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">clientes</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">sobre</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> o </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">impacto</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
da </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">sua</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">posição</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">privilegiada</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">enquanto</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span></b><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"><b>mediadores.</b> O que implica que, nesta especial posição o mediador tenha a consciência de que, na realidade, assume perante os mediados uma posição de poder. Trata-se aqui de um poder diferente de decidir sobre o conflito propondo ou impondo soluções, ou sequer o de aconselhar opções de resolução. Quando o Mediador assume a posição de "facilitador da comunicação", de organizador e gestor do processo, e neste papel desenvolve competências de questionamento e de gestão do diálogo com vista à sua transformação, o mediador assume uma posição de poder. Quem o mediador é, o que carrega consigo enquanto pessoa e profissional, as competências que desenvolveu, não estão ausentes da mesa de mediação. A questão é: será o mediador consciente da forma como ele afecta o processo, a interacção entre os mediados e, consequentemente, a construção de um acordo?</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> Aprender a aprender é essencial para o mediador. A Mediação ainda se move num contexto em que o paradigma é adversarial e, de alguma forma, a sua introdução em processos judiciais permite que este paradigma informe e "enferme" o que é ou não é "sucesso" em Mediação. Por outro lado a prática solitária dos mediadores, sem supervisão ou intervisão, sem autocrítica ou reflexão sobre a prática, não ajuda à definição de uma prática qualificada e de qualidade, resumindo-se esta à subjectividade de cada mediador na auto-avaliação do seu bem fazer.</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> Aprender a aprender e aprender a reflectir em contexto de prática é assim essencial para a evolução da mediação e para a sua qualificação.</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in; vertical-align: baseline;"> Jhons</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in; vertical-align: baseline;">
& </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in; vertical-align: baseline;">Burnie</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in; vertical-align: baseline;">
definem reflexão como: “ ser consciente de si mesmo, dentro da experiência ou
depois desta, como se fosse um espelho onde o praticante se pode visualizar no
contexto de uma experiência em particular e de forma a confrontar, compreender
e avançar, resolvendo a contradição entre a sua própria visão e a sua prática
actual. </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in; vertical-align: baseline;">Através
do conflito gerado por esta contradição, do compromisso para realizar a sua
visão e entender porque é que as coisas são como são, o praticante pode ganhar
uma nova visão (</span><span style="font-style: italic; letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in; vertical-align: baseline;">insight</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in; vertical-align: baseline;">) sobre si mesmo e sentir-se </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in; vertical-align: baseline;">empoderado</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in; vertical-align: baseline;"> para
responder de forma mais congruente em situações futuras, numa espiral reflexiva
de desenvolvimento de uma sabedoria prática e concretização da sua própria
visão como </span><span style="font-style: italic; letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in; vertical-align: baseline;">praxis</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in; vertical-align: baseline;">.”</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Para que o mediador tenha consciência da forma como afecta a condução e o resultado de uma mediação tem de ser consciente de si mesmo, de quem é como pessoa e profissional e do seu fazer.</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="text-indent: 0in; vertical-align: baseline;"><b><span style="font-size: large; letter-spacing: 0.1pt;">Experimente</span></b></span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><i><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">Apenas</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">guarde</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> um </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">momento</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
para </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">si</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">. </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">Não</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">precisa</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> de </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">ser</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">muito</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">longo</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">.
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">Pense</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">na</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">última</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">situação</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
que </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">viveu</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> / </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">experienciou</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
no </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">trabalho</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">. </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">Pergunte</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">-se
a </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">si</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">mesmo</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
– “</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">respondi</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> da
forma </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">mais</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">eficaz</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">possível</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">?”
Claro que se </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">perguntará</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">: “o
que é responder de forma </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">eficaz</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">?” </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">Poderá</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">pensar</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">sobre</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
a </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">sua</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">resposta</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">.
A </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">forma como se expressou, as </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">palavras</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> que </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">usou</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">,
a </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">construção</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> da </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">resposta</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">.
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">Pode</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">pensar</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">sobre</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> as </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">consequências</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
da </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">sua</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">resposta</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">.
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">Poderá</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">pensar</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">sobre</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">os</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">seus</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">sentimentos</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">.
O que é </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">uma</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> boa </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">experiência</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
e </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">uma</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">má</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">experiência</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">?
Como </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">fazer</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;"> </span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">estas</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">
</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">distinções</span><span style="letter-spacing: 0.1pt; text-indent: -0.2in; vertical-align: baseline;">?</span></i></b></span></div>
<div style="text-align: left; text-indent: -19.2px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="letter-spacing: 0.133333px;"> Faça a seguinte reflexão, se tivesse ocorrido de outra forma teria sido diferente? o quê, como?</span></span></div>
<div style="text-align: left; text-indent: -19.2px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="letter-spacing: 0.133333px;"> Tal como Almengor conclui no seu artigo, uma prática reflexiva providencia o contexto e o enquadramento necessários para aprender a aprender, no sentido de que permite ao mediador desenvolver uma auto-consciência e internalização da responsabilidade enquanto valores da sua prática.</span></span></div>
<div style="text-align: left; text-indent: -19.2px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="letter-spacing: 0.133333px;"> Permite, ainda, limitar e prevenir automatismos em que os mediadores (essencialmente aqueles com muita prática) facilmente caem, fruto de falta de supervisão e de reflexão em grupo. Quando o mediador tem a oportunidade de partilhar as suas dúvidas, de expor a sua experiência reflectindo em grupo, aumenta a sua aprendizagem e a sua capacidade de aprender na sua prática. Não é apenas uma questão de aprender com os erros ou através de storytelling ou aconselhamento. </span></span></div>
<div style="text-align: left; text-indent: -19.2px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="letter-spacing: 0.133333px;"> A verdadeira prática reflexiva é ela mesma sinónimo de aprendizagem, no seu sentido epistemológico. Os desafios da prática de mediação são tantos e tão diversos quanto os conflitos humanos. Os mediadores que desenvolvem uma prática reflexiva são também ele "pesquisadores, no sentido de que desenvolvem teorias informais sobre a sua prática" e colocam um foco especial nos efeitos do seu saber fazer e de como tomam consciência destes efeitos.</span></span></div>
<div style="text-align: left; text-indent: -19.2px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="letter-spacing: 0.133333px;"> O pensamento crítico não é apenas domínio de académicos, mas deve motivar e embeber a prática dos mediadores e isto começa na sua formação.</span></span></div>
<div style="text-align: left; text-indent: -19.2px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="letter-spacing: 0.133333px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: left; text-indent: -19.2px;">
<b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-large; font-style: italic; letter-spacing: 0.1pt; text-indent: 0in;">"Through
self-inquiry we can learn to participate more fully in our own lives simply by
listening ‘more carefully and to trust what we hear, the messages from our own
body and mind and feelings’"(Kabat-Zinn 1994, p. 192).</b></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-27212511538095341742018-04-30T13:45:00.001+01:002018-04-30T13:45:55.316+01:00A LINGUAGEM DA MEDIAÇÃO: CONVERSA ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQYHbWlq2N6rgpK9WntEbiZPanAzWl-JWfzC8fR9KeblbEUdMKVDgKdtOUKMDpyLPtGaI__clbUf8xE3_tw-xZlam8KT9OjFnIPlZecB_5YBzKr8uZ6z1kL5OfPR70KtJRrKnEEjaoiSk/s1600/30708716_10209408697289135_4300748107232051200_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="564" data-original-width="758" height="475" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQYHbWlq2N6rgpK9WntEbiZPanAzWl-JWfzC8fR9KeblbEUdMKVDgKdtOUKMDpyLPtGaI__clbUf8xE3_tw-xZlam8KT9OjFnIPlZecB_5YBzKr8uZ6z1kL5OfPR70KtJRrKnEEjaoiSk/s640/30708716_10209408697289135_4300748107232051200_n.png" width="640" /></a></div>
<br />
E foi assim dia 28, 10:00 a.m., na Universidade de Évora, conferência n contexto da UC "Mediação e Relações Interpessoais em Contexto Educativo". Uma audiência atenta, curiosa, desafiante, numa conversa sobre a mediação nos contextos educativos, porque é tão importante.<br />
Agradeço à Professora Doutora Marília Favinha este convite para poder falar da minha experiência e refletir sobre ela.<br />
Conversámos sobre os paradigmas da Mediação, de como se constrói a teoria sobre (uma teoria newtoniana) e como se faz Mediação (uma prática Einsteiniana) e como é importante o diálogo entre a teoria e a prática. Sobre como esta dialética nos permite perceber que a Mediação é ao mesmo tempo uma ciência e uma arte (uma maestria). (Saposnek ,2003:245)<br />Uma ciência que se baseia em diferentes áreas de conhecimento que permitem trabalhar de forma<br />sistematizada os conflitos interpessoais, através de uma metodologia e um conjunto de princípios<br />que atribuem uma lógica à prática da mediação. Uma arte que integra os aspetos intangíveis,<br />espontâneos, fluídos, imprevisíveis e intuitivos, que a transformam em perícia. A arte não segue as<br />regras da lógica, antes opera com a intuição e o sentimento. Através das lentes da arte, um<br />problema é visto de forma holística, criativa, sistémica e de vários ângulos, e as partes são vistas<br />através das relações que estabelecem entre si.<br />
Falámos, ainda sobre como a prática nos transforma, no sentido de Cloke (2003) a primeira qualidade do mediador é reconhecer que as suas “qualidades pessoais” são fluídas e de igual modo causa e efeito do que faz em mediação; que o Mediador é constantemente reinventado pelo que faz, tal como o que faz é constantemente reinventado por quem é".<br />
E refletimos como a Mediação, enquanto pedagogia para a gestão e resolução de conflitos, e para a aprendizagem da construção positiva de relações interpessoais é tão importante no contexto escolar. É, sem dúvida, uma nova linguagem sobre nós, os outros e nós e os outros.<br />
E não cabem nestas linhas tudo o que se falou, porque se torna difícil descrever o que transcendeu desta conversa, o seu pulsar, o seu sentir.<br />
Resta a gratidão na partilha da escuta.<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-45057840671249465452018-04-24T12:56:00.002+01:002018-05-01T11:58:03.164+01:00Famílias Multiparentais<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/IlBtgXO3taw/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/IlBtgXO3taw?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />
Os novos formatos de família. Novas realidades sociais que precisam de uma nova linguagem. Temos de aprender a olhar para elas, falando sobre elas e conhecendo-as melhor. </div>
<div style="text-align: left;">
A Holanda poderá ser o primeiro país do mundo a permitir que uma criança tenha mais do que dois "progenitores" legais.</div>
<div style="text-align: left;">
Este filme, divulgado pelo de Economist merece ser visto com atenção.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-8673086258212745932018-04-16T12:50:00.000+01:002018-04-16T12:50:37.261+01:00"Diálogos sem rede" em estilo podcast<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibytXqJGQLoQchtKp-XrmBJTdNUTusgTWJabCvQstCsPi5gOZsWteLyIt-MlQTAGeoIqS16zFlWNBTjQ8B4CFIhmOO1lENkXJjRHORQjuFE8s8XyxLqg_FAc1hnGB2D9Pp6pJIqicJZDs/s1600/o+ciclo+da+vida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="266" data-original-width="235" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibytXqJGQLoQchtKp-XrmBJTdNUTusgTWJabCvQstCsPi5gOZsWteLyIt-MlQTAGeoIqS16zFlWNBTjQ8B4CFIhmOO1lENkXJjRHORQjuFE8s8XyxLqg_FAc1hnGB2D9Pp6pJIqicJZDs/s320/o+ciclo+da+vida.jpg" width="282" /></a></div>
<br />
<a href="https://soundcloud.com/isabel-oliveira-598861920/dialogos-sem-rede-apresentacao" target="_blank">https://soundcloud.com/isabel-oliveira-598861920/dialogos-sem-rede-apresentacao</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-47954639255622816552018-04-13T13:11:00.002+01:002018-04-14T01:02:11.940+01:00Deve o Advogado ter um papel Mediador?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH-F4Cs8lVggd3UL2GA1iziidHVhkHJiI_81ZgQiWW6DpLLcrvcxAyEtQw0DTHvAer_lmr2TYpSuC3CXVFA-QzXi-xqimoPtDwHZroX_Qu7ykZYXC5vo0os78AE6iz66Z_OqtpFdy044U/s1600/AdobeStock_65131900_WM.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="708" data-original-width="1000" height="452" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH-F4Cs8lVggd3UL2GA1iziidHVhkHJiI_81ZgQiWW6DpLLcrvcxAyEtQw0DTHvAer_lmr2TYpSuC3CXVFA-QzXi-xqimoPtDwHZroX_Qu7ykZYXC5vo0os78AE6iz66Z_OqtpFdy044U/s640/AdobeStock_65131900_WM.jpeg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="" data-block="true" data-editor="45kn7" data-offset-key="7ri6m-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<h2 style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="7ri6m-0-0" style="font-family: inherit;"><b>Devem os Advogados ter um papel Mediador?</b> O que podem dizer os Mediadores? Qual deve ser o papel do Advogado? É que este papel não é fácil, principalmente quando estão em causa direitos e o bem estar de crianças. </span></h2>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7ri6m-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="7ri6m-0-0" style="font-family: inherit;">Também por isso creio que o papel do Advogado deve ser o de Advogado. Porque quando o Advogado exerce a sua função balizado pelo seu enquadramento ético e deontológico e no exercício competente das suas funções profissionais sabe, de antemão, que esse bem estar das crianças se coloca no topo de qualquer outro interesse dos seus clientes. Neste sentido costumo dizer, metaforicamente, que da mesma forma que não contratamos um empreiteiro perito em demolições para construir a nossa casa, também não deveríamos procurar um advogado "demolidor" para decidir como construir o futuro dos nossos filhos.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="45kn7" data-offset-key="e5od8-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="e5od8-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="e5od8-0-0" style="font-family: inherit;">Por outro lado entendo que este "ter um papel Mediador" não significa ser Mediador, mas é normalmente confundido com isso. No contexto dos processo de família o exercício do papel de Advogado deve ser feito a partir de uma perspectiva de Advocacia Colaborativa (aqui mais do que em outros contextos), "treinar o seu olhar" para a perspectiva do consenso, da construção de soluções positivas e efectivas, mais do que para a perspectiva do litígio. Mas não pode deixar de ser Advogado, com tudo o que isso implica. Porque o exercício da Justiça depende da boa prática desse papel, do papel de Advogado, que como Mediadora tanto respeito.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="45kn7" data-offset-key="aone8-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="aone8-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="aone8-0-0" style="font-family: inherit;">Ser Mediador é outra coisa que não ser Advogado; Ser Advogado é outra coisa que não ser Mediador. Cada profissional no seu campo de trabalho, numa perspectiva de colaboração.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="45kn7" data-offset-key="drcgg-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="drcgg-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="drcgg-0-0" style="font-family: inherit;">Claro que podemos e devemos compreender este alerta e neste sentido apelar a que haja um investimento na formação dos Advogados no sentido de introduzirmos mudanças no trabalho a desenvolver no contexto da família, que não tem a ver apenas com a aquisição de conhecimentos na área do direito, mas também em outras competências essenciais para lidar com as sua problemáticas. </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="45kn7" data-offset-key="eou0k-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="eou0k-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="eou0k-0-0" style="font-family: inherit;">Este e outros temas num blog perto de si : http://ideal-dialogosemrede.blogspot.pt/ </span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-325945274700317369.post-88648452650511416452018-04-12T12:06:00.002+01:002018-04-12T12:13:06.908+01:00Disciplina e Punição: porquê e para quê uma opção restaurativa nas escolas?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div>
<span style="font-family: "georgia";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpgyly5U_WJtJ4Y38Qpy-x7wzVuG8rqW9GZ5YyCS0oq4VWtTCW855A533si7jH3QKDa-YAUzTbvpZ2a_cAR4D3Gze22Nj_MYkaHrUQA0YXii5lvrkyvOK1dU4MzBZ9Y0HV6DyhxBvCyx0/s1600/7bd24a6f6b3f48b1e5c6b306257618a4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpgyly5U_WJtJ4Y38Qpy-x7wzVuG8rqW9GZ5YyCS0oq4VWtTCW855A533si7jH3QKDa-YAUzTbvpZ2a_cAR4D3Gze22Nj_MYkaHrUQA0YXii5lvrkyvOK1dU4MzBZ9Y0HV6DyhxBvCyx0/s640/7bd24a6f6b3f48b1e5c6b306257618a4.jpg" width="640" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%; margin: 0px;">Trabalhar
com procedimentos restaurativos é uma forma de <i>estar e ser</i>, que é
igualmente exigente no cumprimento das normas de comportamento (estabelecimento
de limites e de pressão para o seu cumprimento) e justo no que se refere a
apoiar (cuidar) crianças e jovens em desenvolver comportamentos e competências
socias que promovam relações interpessoais positivas e cooperativas e garantam
uma convivência segura. (Thorsborne & Blood, 2013).<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=325945274700317369#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; margin: 0px;">[1]</span></span></span></span></a></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 13.25pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%; margin: 0px;">Howard
Zher (2007)<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=325945274700317369#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; margin: 0px;">[2]</span></span></span></span></a> chama
a atenção para algumas razões pelas quais há problemas com os sistemas
punitivos:</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px 3.86px 48px; text-align: justify; text-indent: -18pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "opensymbol"; line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;">•<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin: 0px;">
</span></span></span><span style="line-height: 150%; margin: 0px;">Existe
o risco de que os infractores venham simplesmente a ficar zangados com aqueles
que os punem. [A punição, traduzida na aplicação de uma sanção ou consequência
negativa, “cria um clima de medo e o medo produz raiva e ressentimento” - nas
palavras de Alfie Kohn (2000)<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=325945274700317369#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; margin: 0px;">[3]</span></span></span></span></a>
].</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px 3.86px 48px; text-align: justify; text-indent: -18pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "opensymbol"; line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;">•<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin: 0px;">
</span></span></span><span style="line-height: 150%; margin: 0px;">A
ameaça da punição leva, muitas vezes, à negação da responsabilidade (invocando
inocência, ou pura e simplesmente mentindo), a arranjar desculpas e
justificações, ou mesmo a minimizar o dano causado (podem aguentar, ninguém se
magoou).</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px 3.86px 48px; text-align: justify; text-indent: -18pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "opensymbol"; line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;">•<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin: 0px;">
</span></span></span><span style="line-height: 150%; margin: 0px;">O
infractor não é encorajado a empatizar com a vitima, visto que não há um
processo de aproximação.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px 3.86px 48px; text-align: justify; text-indent: -18pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "opensymbol"; line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;">•<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin: 0px;">
</span></span></span><span style="line-height: 150%; margin: 0px;">A
punição não vai até às causas do comportamento, não se debruça sobre a raiz do
problema.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=325945274700317369#_ftn4" name="_ftnref4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; margin: 0px;">[4]</span></span></span></span></a></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; margin: 0px;"><span style="font-size: small;">Existem um sem número de estudos, bastante
convincentes e fundamentados, que demonstram que a punição, por </span>
</span><br />
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; margin: 0px;"><span style="line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="font-size: small;">si só,
é contraproducente porque não permite criar um clima de saudável relacionamento
na comunidade escolar, produzindo antes um sentimento de desconexão e
afastamento do ambiente escolar. O impacto deste sentimento de desconexão em
algumas crianças e jovens pode levá-las a magoarem-se a si mesmas ou a magoar
outros, a assumir comportamentos de risco em que se põe a si e ao grupo em
perigo.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; margin: 0px;">
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="font-size: small;">Isto
poderá ser mais comum em crianças que já vivem nas suas vidas múltiplas
situações de <i>stress</i> ou trauma, sendo que a punição contribui para
aumentar este <i>stress</i>, o que é bem evidente naquelas crianças que
facilmente explodem e manifestam emoções de raiva e fúria quando de algum modo
são desafiadas em função do seu comportamento.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="font-size: small;">Se o
objectivo da punição é a mudança de comportamento, não parece que esta o
consiga, aliás em algumas situações torna-o mais rígido e fixo. Talvez porque o
objectivo da punição e dos sistemas retributivos é o de repor a norma violada,
sanciona-se a pessoa que violou a norma que garante o funcionamento do grupo,
da comunidade; ao invés dos sistemas restaurativos que focam o seu objectivo na
reparação do dano causado à pessoa, na responsabilidade pelo comportamento e
pelas consequências que este provocou no outro.</span></span></div>
<span style="font-size: 10pt; line-height: 150%; margin: 0px;"><div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="font-size: small;">Esta
assunção põe em confronto dois paradigmas, o da Justiça Retributiva e o da
Justiça Restaurativa.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="border-collapse: collapse; margin: 0px; width: 631px;">
<tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;">
<td style="background: rgb(153, 153, 153); border-color: rgb(0, 0, 0); border-image: none; border-style: solid none solid solid; border-width: 1.33px 0px 1.33px 1.33px; margin: 0px; padding: 2.75pt; width: 236.7pt;" valign="top" width="316"><div align="center" style="margin: 7.53px 0px; text-align: center;">
<b><span style="color: white; font-size: 10.5pt; margin: 0px;">Justiça Retributiva</span></b></div>
</td>
<td style="background: rgb(153, 153, 153); border-image: none; border: 1.33px solid rgb(0, 0, 0); margin: 0px; padding: 2.75pt; width: 236.7pt;" valign="top" width="316"><div align="center" style="margin: 7.53px 0px; text-align: center;">
<b><span style="color: white; font-size: 10.5pt; margin: 0px;">Justiça Restaurativa</span></b></div>
</td>
</tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1;">
<td style="background-color: transparent; border-color: rgb(0, 0, 0); border-style: none none solid solid; border-width: 0px 0px 1.33px 1.33px; margin: 0px; padding: 2.75pt; width: 236.7pt;" valign="top" width="316"><div style="margin: 3.8px 0px;">
<span style="font-size: 9pt; margin: 0px;">Crimes e delitos são
violações de leis/normas/regras que não foram cumpridas.</span></div>
</td>
<td style="background-color: transparent; border-color: rgb(0, 0, 0); border-image: none; border-style: none solid solid; border-width: 0px 1.33px 1.33px; margin: 0px; padding: 2.75pt; width: 236.7pt;" valign="top" width="316"><div style="margin: 3.8px 0px;">
<span style="font-size: 9pt; margin: 0px;">Crimes e delitos são
violações das relações interpessoais: Quem foi magoado? De que forma?</span></div>
</td>
</tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 2;">
<td style="background-color: transparent; border-color: rgb(0, 0, 0); border-style: none none solid solid; border-width: 0px 0px 1.33px 1.33px; margin: 0px; padding: 2.75pt; width: 236.7pt;" valign="top" width="316"><div style="margin: 3.8px 0px;">
<span style="font-size: 9pt; margin: 0px;">A culpa deve ser
atribuída: quem fez isto?</span></div>
</td>
<td style="background-color: transparent; border-color: rgb(0, 0, 0); border-image: none; border-style: none solid solid; border-width: 0px 1.33px 1.33px; margin: 0px; padding: 2.75pt; width: 236.7pt;" valign="top" width="316"><div style="margin: 3.8px 0px;">
<span style="font-size: 9pt; margin: 0px;">As obrigações devem ser
reconhecidas: quais são estas?</span></div>
</td>
</tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 3; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="background-color: transparent; border-color: rgb(0, 0, 0); border-style: none none solid solid; border-width: 0px 0px 1.33px 1.33px; margin: 0px; padding: 2.75pt; width: 236.7pt;" valign="top" width="316"><div style="margin: 3.8px 0px;">
<span style="font-size: 9pt; margin: 0px;">A punição deve ser
imposta: o que é que merecem?</span></div>
</td>
<td style="background-color: transparent; border-color: rgb(0, 0, 0); border-image: none; border-style: none solid solid; border-width: 0px 1.33px 1.33px; margin: 0px; padding: 2.75pt; width: 236.7pt;" valign="top" width="316"><div style="margin: 3.8px 0px;">
<span style="font-size: 9pt; margin: 0px;">Como pode o dano ser
reparado?</span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Fig. </span><span style="font-size: 9pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Tabela
daptada de Howard Zehr (2002)</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=325945274700317369#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span style="margin: 0px;"><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; margin: 0px;">[5]</span></span></span></span></span></a><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%; margin: 0px;"></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 13.85pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="font-size: small;">A
justiça retributiva tende a isolar o ofensor/infractor de qualquer ligação ou
contacto com aquele ou aqueles a quem causou dano, não proporcionando um espaço
ou contexto de resolução de problemas entre eles. É o Estado ou a instituição
que assume a responsabilidade da decisão sobre a sanção a ser aplicada.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 13.85pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="font-size: small;">Numa
abordagem com base na justiça restaurativa para resolver o problema, ofensor e
ofendido, agressor e vítima são envolvidos num processo de diálogo que explora
o que aconteceu, que dano foi causado e em conjunto tomam decisões sobre como
vão agir no futuro e o que é necessário que aconteça para reparar o dano
causado (ainda que dentro dos limites impostos pelo quadro legislativo às suas
decisões.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 13.85pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="font-size: small;">Citando
Ted Wachtel, Presidente do International Institute for Restorative Practices:</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: small;">“<i>Uma
das principais suposições da nossa sociedade sobre a punição é a de que esta
torna os ofensores responsáveis. No entanto, para um estudante ofensor
(agressor) a punição é uma experiência passiva, que exige pouca ou nenhuma
participação. Enquanto o professor ou o Director chamam a atenção, ralham<span style="margin: 0px;"> </span>e impõem a sanção, o estudante permanece em
silêncio, ressentido com a figura de autoridade, a sentir-se zangado e como se ele
fosse a vítima. O aluno/ofensor não pensa nas reais vítimas da sua agressão ou
nos outros indivíduos que foram </i></span><span style="line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="font-size: small;"><i>adversamente
afectados pela sua conduta. Então, estamos a tornar este estudante responsável?</i></span> </span><span style="font-size: small;"><b><span style="line-height: 150%; margin: 0px;"><i>Fazer
coisas a</i></span></b><i> um
estudante ofensor, apenas leva à sua alienação. Precisamos de <b>fazer coisas
com</b> ele.</i> <i><span style="line-height: 150%; margin: 0px;">Precisamos de o envolver num processo
activo que o torne verdadeiramente responsável. Simultaneamente, queremos
construir relações positivas entre o estudante e aqueles que foram afectados
pelo seu comportamento.</span></i></span><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%; margin: 0px;">(…) <i>A
abordagem restaurativa à disciplina social expande as nossas opções para
além<span style="margin: 0px;"> </span>do tradicional continuum
punitivo-permissiv</i>o.</span><span style="line-height: 150%; margin: 0px;">”<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=325945274700317369#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; margin: 0px;">[6]</span></span></span></span></a></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 3.86px 0px; text-align: justify; text-indent: 14.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
</span></span><br />
<div style="mso-element: footnote-list;">
<br clear="all" /></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div style="margin: 0px 0px 0px 18.86px;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=325945274700317369#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; margin: 0px;">[1]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt; margin: 0px;">Ver, infra, a “janela da disciplina social” de Ted
Wachtel.</span></div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div style="margin: 0px 0px 0px 18.86px;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=325945274700317369#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; margin: 0px;">[2]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 8pt; margin: 0px;">In Thorsborne &
Blood (2013), <i>op. Cit.</i> Pág. 24</span></div>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<div style="margin: 0px 0px 0px 18.86px;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=325945274700317369#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; margin: 0px;">[3]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="margin: 0px;"><span style="font-size: x-small;">I</span></span><span lang="EN-US" style="font-size: 8pt; margin: 0px;">n Thorsborne & Blood
(2013), <i>op. Cit.</i> Pág. 24</span><span lang="EN-US" style="margin: 0px;"></span></div>
</div>
<div id="ftn4" style="mso-element: footnote;">
<div style="margin: 0px 0px 0px 18.86px;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=325945274700317369#_ftnref4" name="_ftn4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; margin: 0px;">[4]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt; margin: 0px;">Sobre esta questão, propomos a leitura da obra de Alfie
Kohn (2006) Beyond Discipline: From Compliance to Community. ASCD, Alessandria.</span></div>
<span style="font-size: 8pt; margin: 0px;"></span><br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; color: black; font-family: &quot; font-size: 13.33px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: 8pt; margin: 0px;"><br clear="all" /></span>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 18.86px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span style="font-size: 8pt; margin: 0px;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=325945274700317369#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="font-family: "quot"; font-size: 13.33px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">[5]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 10.66px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">In Thorsborne & Blood (2013), <i>op. Cit.</i> Pág.
20</span></span></div>
</div>
</div>
<span style="font-size: 8pt; margin: 0px;">
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; color: black; font-size: 13.33px; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 3.86px 0px; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 19.2px; text-justify: inter-ideograph; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=325945274700317369#_ftnref1" name="_ftn1" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; color: #0066cc; font-family: &quot; font-size: 13.33px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: underline; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;" title=""><span style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="font-family: "quot"; font-size: 13.33px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">[6]</span></span></span></span></a><b style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; color: black; font-family: &quot; font-size: 13.33px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 700; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span lang="EN-US" style="font-size: 10.66px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Wachtel, Ted </span></b><span lang="EN-US" style="background-color: transparent; color: black; font-family: "quot"; font-size: 10.66px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">(1999) “Restoring
Community in a Disconnected World” (adapted from “Restorative Justice in
Everiday Life: Beyond the Formal Ritual,” a paper presented at the “Reshaping
Australian Institutions Conference: restorative Justice and Civil Society,” The
Australian National University, Canberra, February 16-18.</span><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></div>
</span>
</div>
</div>
</div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><br />Unknownnoreply@blogger.com0